A Human Rights Campaign lançou um novo vídeo com Alex Cooper, uma jovem que foi forçada a fazer terapia de conversão, a chamada "cura gay". A garota, que cresceu em uma família mórmon, agora uma jovem embaixadora da HRC, compartilha sua história pessoal de como seus pais a expulsaram depois que ela afirmou ser lésbica aos 15 anos de idade. Eles a matricularam em um programa de terapia de conversão em St. George, Utah.

Alex afirma que sentia que os dirigentes da instituição que proporcionavam a conversão tinham algum tipo de alegria estranha por torturar crianças.

A forma de terapia envolvia ter que carregar uma mochila cheia de pedras, à qual mais pedras seriam adicionadas se ela desobedecesse. Ela foi mantida fora da escola por oito meses, e muitas vezes forçada a ficar olhando para a parede por até 18 horas. Ela também conta que dois meninos gays com quem ela estava vivendo foram forçados a lutar repetidamente entre si para endurecê-los, e, quem sabe, se tornarem mais viris.

A jovem conta que frequentava a igreja com avós todos os domingos, mas a instituição disse que para que essa terapia de conversão funcionasse a família não podia olhar para ela, não podiam nem ao menos conversar. Ela relata que sentia como se Deus a estivesse punindo por algo terrível, do qual ela não entendia nem aceitava.

A jovem conseguiu escapar e foi para a polícia com a ajuda de seu professor de inglês. Agora ela escreveu um livro chamado Saving Alex , relatando sua experiência. Ela também se tornou uma forte defensora das leis para proibir a terapia de conversão.

Crianças submetidas à terapia de conversão também estão em maior risco de depressão, diminuição da auto-estima, abuso de substâncias, falta de moradia e até mesmo ideias suicidas.

Alex diz que tem esperança para o futuro, expressando uma mensagem de apoio a outros jovens que vivenciam situações de vida semelhantes àquelas que ela enfrentou.

No Brasil há uma luta para que sejam realizadas as terapias de reorientação sexual, defendidas principalmente pela comunidade religiosa que acredita que a homossexualidade se trata de uma perversão, passível de ser curada pela psicologia, além de uma libertação espiritual que pode ser feita através da crença e prática de fé na pessoa de Jesus Cristo. Recentemente uma transsexual, chamada Thalita Oliveira, desmentiu a possibilidade de uma cura para isso dentro da igreja evangélica através de um vídeo publicado nas redes sociais.