Uma estudante está causando uma grande controvérsia após tirar a roupa dentro da sala de aula em forma de se opor ao que chamou de crenças opressivas e discriminação. A estudante Letitia Chai, de 18 anos, tirou as roupas e ficou apenas de lingerie durante a apresentação na sala de aula, no último sábado (5), na Universidade de Cornell, em Ithaca, no Estado de Nova Iorque, nos Estados Unidos.

Segundo ela, foi uma resposta a um incidente anterior no qual sua professora em atuação em público, Rebekah Maggor, questionou a adequação de seu traje nas aulas.

Segundo informações, 28 das 44 pessoas que assistiam à palestra se despiu para apoiar a jovem.

Em um post publicado no Facebook nessa quarta-feira (9), Letitia contou que usava uma camisa azul de manga comprida e short jeans. Segundo ela, foi questionada pela professora, que ficou descrente ao usar aquele tipo de roupa.

A estudante disse que, assim que se levantou para fazer uma apresentação, foi questionada pela professora. “Isso é realmente o que você usaria? Seus shorts são muito curtos”, escreveu Letitia se referindo a Rebekah. "A professora começou a me dizer, na frente de toda a minha turma, que eu estava convidando o olhar masculino para longe do conteúdo da minha apresentação e para o meu corpo”, disse a estudante.

De acordo com Letitia, a professora explicou que suas intenções vinham da preocupação de uma mãe. Porém, a estudante orgulhosamente rejeitou a tese ao enfatizar que sua mãe é uma professora de estudos feministas e ela não se preocuparia com sua roupa.

Durante a aula, 11 dos 14 estudantes da turma sentiram que o protesto de Letitia não representava toda a situação de forma justa.

Em uma carta conjunta, os alunos relataram que o comentário do professor era um meio de ressaltar a importância do profissionalismo em certas situações de falar em público.

A carta explica que a professora repetidamente pediu desculpas por sua escolha de palavras e concordou que a noção de shorts curtos sobre as mulheres carrega muita bagagem cultural e política.

Muitos dos alunos reconheceram que tinham medo de falar contra o post de Letitia por causa da tendência da mídia social de se ajustar radicalmente a uma narrativa.

De acordo com o documento, os três alunos que não assinaram a carta, incluindo Letitia. Na segunda-feira (7), a estudante que realizou o protesto compartilhou uma troca de e-mails com o presidente da Performing Media Arts, Nick Salvato, na qual o funcionário prometeu que a diversidade, a equidade e a inclusão do corpo docente continuarão neste semestre, assim como no próximo semestre.

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