A maior abelha do Mundo ficou desaparecida por décadas, e agora foi reencontrada por um grupo de pesquisadores. O inseto foi redescoberto em uma ilha que não é muito explorada no arquipélago das Molucas do Norte, localizado na Indonésia. A abelha é realmente gigante, e mede 6 centímetros de comprimento. Os especialistas em vidas selvagens fizeram as buscas por vários dias até que finalmente conseguiram encontrar a abelha tão almejada. Ela é considerada a única fêmea viva de sua espécie. A abelha foi fotografada e filmada.

Em 1858 o explorador e naturalista britânico Alfred Russel Wallace fez a descoberta dessa espécie.

Foi Alfred quem escolheu o nome para o inseto. O nome escolhido foi Abelha-Gigante-Wallace (Megachile Pluto). Em parceria com Charles Darwin, Wallace criou a teoria da evolução e descreveu a abelha como um grande inseto muito semelhante à vespa preta. As mandíbulas do inseto são grandes como um escaravelho.

Expedição em busca da abelha teve início em janeiro de 2019

No início de janeiro, um grupo de pesquisadores seguiu os passos de Wallace em uma viagem pela Indonésia. O objetivo do grupo de pesquisadores era conseguir encontrar a abelha gigante para que dessa forma eles pudessem fazer vídeos e fotografá-la.

"Foi de tirar o fôlego ver esse 'buldogue voador', um inseto que não tínhamos mais certeza que existia", comentou o fotógrafo Clay Bolt, que registrou as imagens do animal, em declarações à BBC News.

O fotógrafo ainda contou que escutar o som das asas gigantes batendo enquanto ela passa pela cabeça dele, e ver o quão grande e linda é essa espécie da natureza, fez com que a experiência dele se tornasse única.

Como vive uma abelha gigante

O ninho da fêmea é sempre feito em cupinzeiros. Para construir o ninho ela conta com a ajuda de sua mandíbula enorme e coleta resina das árvores para que ela possa forrar o ninho e isso faz com que ela fique protegida da invasão dos cupins.

A espécie é dependente de florestas com mata virgem e de baixa altitude para que assim se torne mais fácil o processo de encontrar ninhos de cupins e resina nas árvores.

Eli Wyman, também é integrante da expedição. Ele é um grande especialista em abelhas. O estudioso é entomologista da Universidade de Princeton, localizada nos Estados Unidos.

O pesquisador acredita que a descoberta poderá estimular a realização de pesquisas a respeito do ciclo de vida da espécie e assim se crie uma base para esforços futuros com o intuito de proteger a espécie de extinção.