Nesta sexta-feira (15), a Nova Zelândia presenciou atentados terroristas simultâneos contra duas mesquitas em Christchurch. A Polícia local revelou ao menos 49 pessoas morreram. A primeira-ministra do país, Jacinda Ardem, lamentou em rede nacional as mortes e revelou que quatro pessoas haviam sido detidas. Entretanto, segundo novas informações da polícia, uma já foi liberada por não ter relação com os ataques. Os suspeitos estariam mantendo explosivos em seus carros, mas os mesmos já foram desativados pela polícia especializada.

Nenhum dos três homens que foram presos tinha passagem pela polícia.

Além das mortes, ainda existem, segundo Ardem, cerca de 20 feridos em estado grave. A primeira-ministra também revelou que elevou o país para nível máximo de segurança e o ataque já é considerado terrorista. Duas mesquitas foram atingidas simultaneamente. Sete mortes ocorreram na mesquita de Lindwood e 41 na de Noor.

Transmissão ao vivo dos atentados

As autoridades australianas já se envolveram no caso, segundo seu primeiro-ministro, Scott Morrison. Tudo porque um dos detidos tinha a nacionalidade do país e seria um terrorista "extremista de direita", segundo Morrison.

As cenas de horror, entretanto, acabaram sendo transmitidas ao vivo por um dos autores da chacina. O homem surgiu de traje militar e dentro do templo do Islã atirando à queima-roupa contra as pessoas, na tentativa desenfreada de fazer o maior número de vítimas.

É possível ver, segundo o El País, que ao menos por duas vezes o homem trocou o carregador da sua arma automática. Testemunhas revelaram que, em uma das mesquitas, cerca de 300 a 500 pessoas se reuniam.

Outro autor do atentado ainda deixou um manifesto com quase oitenta páginas para caracterizar a ação como terrorista e se referindo de forma pejorativa aos muçulmanos.

Um analista do país que presenciou os ataques revelou que se tratava, segundo o texto, de um "supremacista branco". Também é possível ver, pelo documento, que a ação era planejada há pelo menos dois anos. Sangue, horror e ódio, foram situações reveladas por testemunhas sobreviventes à imprensa local.

Um dos atiradores colocou a câmera no capacete para transmitir a ação pelas redes sociais.

Ele usava óculos, jaqueta militar e a arma automática.

A primeira-ministra Ardern disse que se trata de "um dos dias mais sombrios para a Nova Zelândia". Ela também revelou que o país nunca presenciou algo tão brutal em sua história.