O presidente Jair Bolsonaro esteve ontem (17) a noite em um jantar na residência do embaixador do Brasil em Washington. Um dos principais temas da noite foi a codependência do Brasil com a China.
No jantar, que controu com a presença de Steve Bannon, ex-estrategista de Donald Trump, a discussão girou em torno da China e o que seria preciso para reduzir as relações com o país asiático e tentar manter uma relação com objetivo de proteger os interesses do Brasil.
Segundo informações do jornal Folha de S.Paulo, a estratégia do Governo é fazer uma cooperação com os Estados Unidos a fim de coordenar uma produção agrícola e conseguir com isto aumentar o poder de negociação no Mundo.
Um dos principais defensores de reduzir a relação com a China é o guru dos bolsonaristas, Olavo de Carvalho, e o chanceler, Ernesto Araújo. Contudo, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, defendeu a exportação agrícola para os chineses.
A real preocupação do governo americano é a expansão econômica e tecnológico da China mundialmente. Os Estados Unidos também temem os problemas de segurança e espionagem.
A prioridade do governo brasileiro seria no momento entrar da OCDE e conseguir ser membro afiliado da OTAN e evitar uma relação co-dependente da China. A longo prazo a ação mais inteligente seria estreitar as relações com Coreia do Sul e Japão.
Discursos
De acordo com relatos o presidente Jair Bolsonaro falou muito pouco em seu discurso e ao longo do jantar, o principal orador foi o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Ele discorreu sobre a relação entre China e Brasil, sobre aspectos de infraestrutura e agricultura. O tema tomou conta do evento, que praticante boa parte dos discursos que foram feitos na ocasião foram em torno do país asiático.
Participaram do jantar o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, o ministro Augusto Heleno (GSI), Filipe Martins, assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, e um dos filhos do presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
Intrigas
Após algumas polêmicas envolvendo o escritor Olavo de Carvalho e o presidente Jair Bolsonaro, os dois tiveram que passar por cima das divergências durante o jantar que ocorreu neste domingo (17), em Washington.
As declarações do escritor em torno do governo Bolsonaro causaram polêmica, as críticas direcionadas ao governo incomodaram o presidente.
O professor chegou a declarar que se o governo continuar assim ele acabaria em 6 meses, além disso não poupou críticas aos militares próximos de Jair Bolsonaro. Todos esperavam que durante o encontro os dois conversassem, porém, devido às circunstâncias e à presença de muitos convidados estrangeiros, a conversa não ocorreu.