Da mesma maneira como aconteceu há alguns anos com o desafio da Baleia Azul, criminosos estariam utilizando vídeos da boneca Momo para incentivar as crianças e adolescentes a cometerem delitos e até mesmo se matar. Após os relatos de que a criatura bizarra estaria invadindo os vídeos infantis através das redes sociais, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) entrou em contato com as empresas Google e WhatsApp para notificar o perigo por trás dos vídeos e solicitou a remoção das redes sociais de qualquer conteúdo que inclua imagens da boneca Momo.

O alerta foi feito por parte do Núcleo de Combate a Crimes Cibernéticos (Nucciber).

O promotor Moacir Nascimento, coordenador do Nucciber, em um entrevista ao portal G1 relatou que até agora nenhum caso foi registrado na Bahia sobre jovens e crianças que cometeram algum tipo de crime por assistirem ao vídeos. No entanto, o procedimento foi estabelecido por conta do perigo envolvido na propagação dos vídeos na internet. O promotor ainda informou que há uma preocupação com repercussão que poderia ter no estado baiano, então o procedimento envolverá realizar a colheita de dados, provas e manifestação das empresa. Segundo ele, os vídeos estão sendo divulgados nos idiomas inglês e espanhol via WhatsApp, e finalizou dizendo que estão adotando providências para que o conteúdo não seja mais compartilhado.

Momo

Conhecida como Momo, a estranha boneca da internet possui olhos esbugalhados, um sorriso sinistro, além de ter uma pele pálida. A criatura com aparência assustadora já se tornou popular em vários países depois de ter sido disseminada em um vídeo. Devido a repercussão gerada na internet, diversos criminosos teriam começado a utilizar a personagem para tentar convencer as crianças e jovens a cometer roubos e golpes.

Os elementos contidos no vídeos colaboram para despertar o interesse dos mais jovens, em consequência faz com que a história seja ainda mais compartilhada, tanto pelas redes sociais ou por meio da imprensa. Os que são expostos ao conteúdo ficam curiosos e interessados em interagir com a Momo. Neste caso a responsabilidade maior sobre a supervisão do que as crianças vão assistir é dos pais ou responsáveis, pois nos últimos tempos as crianças e adolescentes têm uma facilidade de acesso ainda maior a smartphones, tablets e computadores, em consequência disso, muitas delas usam a internet e navegam em redes sociais sem a supervisão de um adulto.