A Itália atualizou o número de casos de coronavírus nesta quarta-feira (8). Desde o começo da epidemia, 139.422 pessoas contraíram a doença. Em comparação aos números divulgados na terça-feira (7), houve um crescimento de 2,8%, com 3.836 novos casos.

De acordo com os dados, até o momento, foram registradas 17.669 mortes. De terça para quarta, houve 542 mortes, 3,2% abaixo se comparado com os dados de terça. O balanço mostra que 26.491 pacientes tiveram alta.

Pacientes com sintomas

De acordo com as informações da Proteção Civil italiana, hoje existem 28.485 pacientes com sintomas de coronavírus e 63.084 estão em isolamento social.

A Lombardia é a recordista com 53.414 casos. De terça para quarta-feira foram 1.089 novas ocorrências, um crescimento de 2,1% em comparação ao dia anterior. Emília Romanha aparece com 18.234 casos e Vêneto surge em seguida com 12.410 ocorrências de Covid-19.

Ainda sobre a Lombardia, a região mais afetada da Itália, as internações hospitalares representam 11.719. Ontem, porém, eram 11.833 pacientes. Ao jornal Corriere Della Sera, o Conselheiro para o Bem-Estar da Região da Lombardia, Giulio Gallera, comparou a pandemia a uma bomba atômica ao comparar o número de casos com outras regiões italianas.

Retorno às atividades

A Itália estima adotar a “fase 2” da emergência do coronavírus para 4 de maio, com turnos para o trabalho e para entrar nas lojas.

O primeiro-ministro Giuseppe Conte reconhece a importância da proteção à saúde, contudo esclarece que os “motores da Itália não podem permanecer parados por muito tempo”. Para ele, houve estabilização da curva da pandemia, porém há a necessidade de se manter prudência e rigor.

Ainda segundo o jornal Corriere Della Sera, o primeiro-ministro deve anunciar um novo decreto nos próximos dias, prorrogando a proibição de viagens, mas flexibilizando para a abertura de algumas empresas.

Giuseppe Conte é cauteloso no discurso. Para ele, o país tem de ser cauteloso e não pode arriscar uma nova subida na curva da epidemia. Nesta fase 2 do coronavírus, o primeiro-ministro sugere aos trabalhadores que mantêm contato com os clientes a obrigatoriedade de uso de luvas e máscaras. A mesma regra vale para os cidadãos quando forem aos comércios.

As primeiras reaberturas, consideradas simbólicas, serão as livrarias e papelarias. Sobre os setores de risco, a Itália possui uma espécie de classificação. Construção e agricultura, por exemplo, são identificadas como categorias de risco baixo ou médio-baixo. Já garçons, cabeleireiros e funcionários de cantinas são apontados na categoria de risco médio-alto. Sobre a reabertura de escolas e universidades, os cientistas italianos não apresentaram prazos.