Na última terça-feira (8) mais um caso de violência policial aconteceu nos Estados Unidos, dessa vez no estado americano de Utah. A Polícia de Salt Lake City começou a investigar um caso envolvendo um menino autista de 13 anos, chamado Linden Camaron. O garoto foi baleado por agentes de segurança.

Polícia diz que menino autista estava armado

De acordo com o relato dos policiais responsáveis pela abordagem, Linden estaria armado e ameaçando outras pessoas. Ainda disseram que quando abordaram o menino autista, ele correu, e que nesse momento um policial teria o baleado.

Mas de acordo com o Salt Lake Tribune, Linden não estaria armado, já que não foi encontrada nenhuma arma com ele.

Mãe de menino autista fala sua versão

Golda Barton, mãe de Linden Camaron, contou aos jornais locais que ela precisou chamar a polícia após o filho, que é autista, começar a ter uma crise e a polícia de Salt Lake City conta com agentes especialistas em intervenções que poderiam o conter usando o mínimo de força possível.

Ainda segundo a mãe do menino de 13 anos, ele não consegue controlar seus impulsos e comportamento em situações daquela natureza, mas não estava armado.

Golda disse que a polícia de Salt Lake City tem especialista em crises que são causadas por doenças mentais sem usar a força.

A mãe de Linden ainda relatou que ouviu dois policiais mandarem o menino de 13 anos deitar no chão, em seguida ela ouviu mais de um disparo.

Linden segue internado em um hospital, de acordo com Golda, ele teve ferimentos nos ombros, intestino, bexiga e tornozelo.

Outros casos de violência policial nos EUA

Apesar de chocante, o caso de Linden Camaron não é uma exceção.

Os Estados Unidos colecionam casos de força desnecessária contra negros e pessoas com algum problema de saúde mental.

O caso mais recente aconteceu na cidade de Nova York. Um homem chamado Daniel Prude foi abordado de maneira não convencional. Os policiais colocaram um capuz na cabeça do homem.

Daniel é um homem negro e que sofre de doenças mentais.

A família de Prude chamou a polícia para que pudessem o ajudar e ele acabou detido. O caso de Daniel foi mais agravado pelo fato de ele ser negro. A polícia americana tem ficado em evidência no mundo por casos de violência desnecessária contra pessoas negras.

Infelizmente Daniel Prude não resistiu acabou falecendo por asfixia decorrente de ação física. Os policiais que o abordaram chegaram a dar risada enquanto Daniel se debatia no chão e só demonstraram preocupação quando ele parou de se mexer e água começou a sair de sua boca.

Muitos americanos têm ido às ruas de todo o país para protestar contra a violência policial motivada pelo racismo.