Até que um novo aviso seja emitido, mulheres transgênero estão proibidas de jogar em partidas internacionais femininas da liga internacional de rugby feminino. A International Rubgy League (IRL) decidiu acompanhar uma lista crescente de órgãos, incluindo a União Ciclística Internacional (UCI) e a Federação Internacional de Natação (FINA), que optaram por proibir atletas que fizeram a transição do gênero masculino para o feminino de competir em divisões femininas.
No comunicado emitido pela International Rugby League foi afirmado que o trabalho para atualizar e revisar as regras será continuado.
Além disso, o órgão disse que procurará usar a próxima Copa do Mundo para ajudar a desenvolver uma política de inclusão que seja mais abrangente.
Proibição estará em vigor para a Copa do Mundo
A proibição já vale para a próxima Copa do Mundo da IRL, que terá início no próximo dia 15 de outubro, na Inglaterra. O comunicado ainda ressalta que está aguardando que mais pesquisas sejam realizadas e concluídas para que eles possam implementar uma política formal de inclusão de transgêneros. Sendo assim, até a última ordem, mulheres trans não podem jogar em partidas de rugby feminino organizadas pela IRL.
Neste mesmo comunicado, a IRL afirma que para tomar essa decisão foi feita uma revisão da participação de transgêneros na liga internacional de rugby em janeiro e fevereiro de 2021.
O texto diz ainda que foram levados em consideração "diversos desenvolvimentos relevantes no esporte mundial".
A decisão não agradou a todos. Caroline Layt, uma atleta transgênero que jogou na liga feminina de rugby de elite na Austrália, disse à agência Reuters que tudo isso é muito decepcionante. "Somos seres humanos iguais a todos os outros," argumentou.
Incomodada com a situação, ela fez críticas e afirmou que essa atitude apenas mostra para crianças trans e adultos trans que eles não são dignos.
No último domingo (20), a FINA aprovou uma nova política de “inclusão de gênero”. Segundo o documento, atletas que fizeram a transição do gênero masculino para o feminino só estarão elegíveis para competir em categorias femininas se a transição tiver sido realizada antes dos 12 anos ou então antes de terem atingido a segunda fase da puberdade, segundo a escala Tanner.