Nesta última segunda-feira (20), o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) reportou um novo terremoto na fronteira entre a Turquia e a Síria, com magnitude de 6,3 e profundidade de 10 km. Segundo a Autoridade de Gestão de Emergências e Desastres (Afad), ao menos três pessoas morreram e outras 213 ficaram feridas e foram levadas para hospitais locais.
Ainda na segunda-feira, a Afad identificou outro tremor em Hatay, com magnitude de 5,8.
Esse tremor, no entanto, não foi registrado pelo USGS.
Esses tremores são os mais letais que o país tem registrado em 84 anos. Em 1939, foram registradas 32.000 mortes depois de terremotos na cidade de Erzican.
No último domingo (19), essa autoridade divulgou que a procura por pessoas vivas serão interrompidas em 8 de 10 locais atingidos pelos terremotos do início do mês, passando a buscar somente corpos. Na Síria, pelo menos 5.800 pessoas morreram em decorrência dos terremotos, segundo dados da Al Jazeera.
O epicentro foi localizado na região turca de Gaziantep, onde os tremores apresentaram os mesmos índices registrados em Erzincan.
O segundo maior tremor na Síria ocorreu em Kahramanmaras, com magnitude de 7,5.
Os terremotos ocorreram na região conhecida como falha de Anatólia, onde se encontram três placas tectônicas: Anatólia, Africana e Arábica. A interação e o choque dessas placas rochosas na crosta terrestre são responsáveis pelos terremotos na região.
Repercussão internacional
Países e entidades internacionais, incluindo o Brasil, enviaram equipes de resgate e profissionais da área médica para ajudar a Turquia e a Síria após a sequência de terremotos. Líderes e autoridades internacionais expressaram tristeza pelas perdas causadas pelo desastre natural. Segundo o sismólogo José Roberto Barbosa, do Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo, a energia liberada pelos abalos sísmicos equivale a entre 160 e 180 vezes o impacto das bombas atômicas que atingiram Hiroshima durante a Segunda Guerra Mundial.