Desde criança adoro um bom mistério, um dos que mais me intrigam é o famoso Triângulo das Bermudas, local de vários desaparecimentos inexplicados até hoje. Trata-se de um triângulo imaginário formado entre o Estado da Flórida nos EUA, a ilha de San Juan em Porto Rico e o Arquipélago das Bermudas. Estende-se por aproximadamente 1,3 milhões de quilômetros quadrados, e detém um alto índice de desastres aéreos e marítimos, muitos deles sem explicação e sem deixar vestígio das embarcações e aeronaves. Um dos famosos casos sem explicação é o do navio de guerra U.S.S.

Cyclops, que, durante a Primeira Guerra Mundial, desapareceu após zarpar de uma breve parada em Barbados. O navio e seus 306 tripulantes e passageiros simplesmente sumiram e até hoje não foram encontrados os seus destroços, nem ao menos pediu socorro pelo rádio. De 1945 para cá, temos aproximadamente uns 1.000 casos estranhos ocorridos naquela região.

Um dos casos mais famosos é o do voo 19, onde 5 aviões com 14 homens no total, partiram de Fort Lauderdale, na Flórida, no dia 5 de dezembro de 1945, em um exercício de rotina. Deveriam alcançar um determinado alvo, uma carcaça velha de navio e efetuar treinamento de ataque, terminar e voltar ao ponto de partida em um tempo estimado de duas horas para toda a operação.

O esquadrão aéreo partiu às 14 horas daquele dia e aproximadamente às 15:15 horas, após o término do bombardeio, o radioperador da torre de controle da base Aeronaval de Fort Lauderdale, recebeu a seguinte mensagem do Líder da Esquadrilha:

- Chamando a Torre. Isto é uma emergência. Parece que estamos fora de rumo... não consigo ver a terra...

repito... não consigo ver a terra.

Após este contato a conversa continuou, onde o Líder da Esquadrilha declara não saber onde estão, nem onde ficam os pontos cardinais, leste, sul, norte e oeste, pois as bússolas não funcionavam direito e eles não viam terra, diziam que tudo estava errado, até o oceano estava esquisito. A última comunicação da esquadrilha relata que haviam passado por uma ilhota, mas que nada havia além dela.

Pouco à pouco foram perdendo contato com a esquadrilha e a torre de controle apenas ouvia a conversa entre os aviões, onde eles diziam estar ficando sem gasolina. Um hidroavião, um grande bimotor Martin Mariner, decolou da Base Aeronaval de Rio Banana, com 13 tripulantes à bordo para o resgate do voo 19, mas apenas poucos minutos após sua decolagem, ouviu-se a mensagem de que na área onde o voo 19 deveria estar, havia ventos fortes acima dos dois mil metros. Este foi o último contato com o avião de resgate, logo após, todas as unidades de busca, receberam a notícia de que agora eram 6 aviões desaparecidos ao invés dos 5 iniciais. Estranhamente, às 19 horas, duas horas após os aviões presumidamente terem ficado sem gasolina, a Base Aeronaval de Opa-Locka em Miami, captou uma mensagem muito fraca que dizia: _ FT...FT....

(este era o prefixo do voo 19)... isto só aumentou o mistério deste desaparecimento.

Muitos navios foram encontrados vagando sem tripulação ou passageiros, verdadeiros navios fantasmas, nenhum corpo foi encontrado, e os navios estavam intactos, sem sinal de lutas, com as provisões a bordo e tudo no seu devido lugar. Este foi o caso do Rosalie, barco francês, desaparecido em 1840, e encontrado meses depois navegando calmamente, com a carga intacta, velas recolhidas e sem nenhum sinal da tripulação. Há também um dos casos mais interessantes, ao meu ver, o do navio Freya de origem alemã que partindo de Mananillo, Cuba, no dia 03 de outubro de 1902, ficou um dia desaparecido, e foi encontrado no dia seguinte, exatamente no mesmo local de onde havia saído, mas estranhamente, sem nenhuma pessoa à bordo, ninguém jamais foi encontrado.

Por estes e muitos outros mistérios sem solução até hoje, o Triângulo das Bermudas não é uma área onde eu queira transitar, seja de navio ou de avião, muitas são as suposições do que lá acontece, mas não passam disto... suposições apenas.