Você já ouviu falar em visão monocular? Ela acontece quando a pessoa passa a poder enxergar com apenas um dos olhos. Isso faz com que ela passe a ter algumas dificuldades de visão, principalmente na de campo periférico. Há várias causas, mas o trauma ocular é um dos mais frequentes. Na maioria das vezes ela é irreversível, sendo reversível apenas em alguns casos de catarata ou de cegueira reversível.
Como acontece e quais os prejuízos trazidos pela visão monocular
São vários os motivos que podem fazer uma pessoa perder a visão em um dos olhos, indo desde causas de origem genética, a glaucoma, traumas oculares, toxoplasmose, e tumores oculares.
Essas doenças são irreversíveis e por isso, a pessoa acometida com a visão monocular, na maioria das vezes, terá que se adaptar a essa nova condição, pois não há alternativa a ser feita. O período de adaptação é um pouco complicado e a falta de coordenação é uma das características mais observadas. Além disso, a pessoa passará a ter dificuldade para subir escada, atravessar ruas, dirigir, dentre outras atividades rotineiras que se tornarão mais difíceis.
No trabalho as dificuldades também serão notadas, principalmente nos casos em que a pessoa faz algo que fica a uma pequena distância do seu olho, devido à maior exigência do campo visual, como esteticista, mecânico, costureiro, barbeiro, cirurgião, piloto da linha aérea, ente outras que têm seu objeto de foco muito próximo e exige visão clara de profundidade.
Estima-se que quem tem visão monocular sofre com uma diminuição de aproximadamente 25% no tamanho do campo de visão. As pessoas monoculares passam a ter uma menor noção de espaço e a acuidade visual é diminuída.
O dia a dia com a doença
Como falamos, não se trata de um problema reversível e as dificuldades do dia a dia aparecerão.
No geral, as pessoas se adaptam com facilidade, mas a ansiedade e autoestima diminuída podem afetar a pessoa, devido aos novos obstáculos que encontrará. No geral, os pacientes levam pelo menos um mês para aprender a viver nessa nova condição e voltar à rotina normal de trabalho, diversão e estudo. Porém, a adaptação completa e a melhor convivência com o problema vêm apenas após um ano de convívio com a dificuldade de visão.
Quem dirige, poderá encontrar dificuldades quando estiver em um trânsito pesado, pois perderá a amplitude de campo visual. Isso pode fazer com que o risco de acidentes aumente.
A adaptação a essa nova condição é algo muito individual, mas com a persistência e com cuidados médicos adequados, em pouco tempo a pessoa consegue voltar à sua rotina de vida normal. Desde o ano de 2011, o Ministério do Trabalho e Emprego considera os portadores de visão monocular como deficientes, pois entendeu que a doença restringe a capacidade sensorial, com a alteração das noções de profundidade e distância, além da vulnerabilidade do lado do olho cego.
Você sofre desse problema? Como foi o seu período de adaptação? Conte-nos!