Se votação fosse hoje, impeachment não passaria na Câmara; veja números da pesquisa
Aposta para barrar o impeachment é o plenário da Câmara. Planalto acredita que relatório irá passar na Comissão do Impeachment

A Consultoria Bites fez um levantamento com todos os 513 deputados através de declarações oficiais, posicionamentos em suas redes sociais e falas no plenário da Câmara dos Deputados para definir como está o cenário para a votação do processo de impeachment que deve ocorrer na próxima semana. Segundo os números da pesquisa divulgada na última quarta-feira (6), são 273 deputados a favor, 118 contra e 122 indecisos. São necessários 342 votos para afastar a presidente Dilma do cargo.
Esse já é o quarto levantamento feito pela empresa de consultoria, os outros foram divulgados nos dias 18, 22 e 30 de março. Segundo a Consultoria Bites, o grupo favorável ao Impeachment foi o que mais cresceu desde a última pesquisa.
Acompanhe os números do levantamento.
18 de março: 124 contra – 169 indecisos – 220 a favor
22 de março: 128 contra – 143 indecisos – 242 a favor
30 de março: 131 contra – 120 indecisos – 262 a favor
6 de abril: 118 contra – 122 indecisos – 273 a favor
Pelo levantamento feito pela empresa, o grupo a favor do impeachment cresceu 24,1% desde a primeira pesquisa, essa porcentagem é referente ao crescimento de 53 parlamentares. Já o grupo contra o impeachment teve um pequeno decréscimo de -4,8%. Segundo a Consultora, 6 deputados que se diziam a favor da presidente Dilma mudaram de lado.
Indecisos são os alvos
Tomando como verdadeiros os números apresentados pela empresa de consultoria, ainda restam 122 deputados indecisos quanto a sua posição sobre o impeachment.
O grupo a favor da saída de Dilma possui 273 votos no momento, e seriam necessários 342 votos no dia da votação para afastar a presidente, ou seja, eles precisariam ainda convencer 69 deputados, dentre esses 122, a votarem com eles.
Para Dilma, bastam 54 votos dentre esses 122 indecisos, pois para ela se manter no cargo são necessários 172 votos a seu favor. O Planalto aposta que o relatório irá passar na Comissão do Impeachment, mas acredita que irá conseguir barrar no plenário da Câmara. O Governo acredita que conseguirá fidelizar sua base oferecendo os cargos deixados com o desembarque do PMDB.