PSDB faz exigências para apoiar Temer
Uma das exigências é a retomada das discussões para que se implemente o parlamentarismo no país.

Michel Temer já prometeu apoiar o fim da reeleição para conseguir o apoio do PSDB em um eventual governo seu, mas isso ainda é pouco para o partido que é a maior oposição do governo Dilma Rousseff. É claro que o PSDB vai aproveitar a oportunidade para se posicionar - e bem - em um possível governo da situação. Mostras disso já estão sendo dadas, uma vez que apenas o compromisso do vice-presidente em acabar com as chances de reeleição não é suficiente para os tucanos, eles têm é um conjunto de propostas que consideram fundamentais para um possível governo Temer.
O conjunto de propostas foi entregue na última terça-feira (3), diretamente ao vice-presidente, Michel Temer.
O interesse do PSDB não depende de cargos
Os líderes do PSDB foram bem enfáticos ao afirmar ao vice-presidente que um apoio ao seu eventual governo não depende de cargos e sim de que as propostas apresentadas por eles sejam encampadas.
Se essa exigência for aceita, Temer terá o total apoio tucano na pauta legislativa, bem como total liberdade para formar a equipe que o ajudará a governar o país.
Cássio Cunha Lima (PB), afirmou que o documento que foi entregue a Temer deixa bem claro que o partido não está oferecendo o seu apoio em troca de ministérios e Aécio Neves (MG) diz que o documento apresentado é a síntese do que a legenda pensam em relação a valores e princípios e que é um bom roteiro emergencial para um país que "vive as dificuldades que vive o Brasil".
Propostas do PSDB
Veja os pontos que o documento entregue a Michel Temer abordam e que o partido tucano quer que o vice-presidente encampe:
- apoio à Operação Lava Jato, para que tenha continuidade
- manutenção e qualificação dos programas sociais
- controle da inflação e que tenha a preservação do poder de compra do salário mínimo
- simplificação do sistema tributário
- continuidade do combate à corrupção
- reforma política
- retomada do debate sobre uma possível implementação do parlamentarismo no Brasil, entre outros.
O PSDB listou suas exigências, mas não impôs um prazo para que elas ocorram.
Segundo Cunha Lima, “haverá um tempo próprio para a construção dessas propostas”.
O senador Aécio Neves foi bem enfático ao dizer que Michel Temer não pode errar, que não há tempo para isso, que para o seu governo "a primeira impressão é a única que existe", e que é importante que as propostas iniciais levem otimismo e esperança ao país.