O Brasil está envolvido em uma crise Política com escândalos sucessivos de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas para paraísos fiscais, fatos esses investigados pela Operação Lava Jato. Nem mesmo a subida ao poder de Michel Temer com presidente interino parece ter dado muito certo para trazer um pouco de moralidade e ética aos políticos brasileiros.

O ministério do presidente interino Michel Temer vai ruindo com se fosse um castelo de areia construído à beira do mar. Três ministros pelas forças das circunstâncias tiveram que dar adeus aos seus cargos e pelo que tudo indica, há um 4.º para ser eliminado, que é Mendonça Filho, ministro da Educação.

O ministro em questão, por semanas, vem sendo alvo de comentários jocosos e piadas ácidas nas redes sociais e imprensa de modo geral por ter recebido, em seu gabinete, o controverso ator, Alexandre Frota.

Muitos críticos do governo interino indagam no que Alexandre Frota possa contribuir de positivo para o sistema educacional brasileiro. Os mais jocosos chegaram ao ponto de sugerir que o ator pornô fosse o líder da pasta da Educação, em substituição a Mendonça Filho.

Contudo, no campo das conjecturas, o que poderia não passar de uma simples teoria conspiratória, pode acabar se tornando uma triste realidade, já que Mendonça se tornou alvo do próprio Governo interino e poderá vir a ser o 4º ministrado decapitado do poder.

No dia 17 de junho, Rodrigo Janot, procurador-geral da República, descreveu ao STF - Supremo Tribunal Federal (STF) que “foram encontrados indícios de possível recebimento de propina” por parte de Mendonça Filho, que pertence ao DEM de Pernambuco, isto é, o atual ministro da Educação do Brasil, sob o disfarce de contribuições para a sua campanha eleitoral no ano de 2014, teria se apropriado de R$ 100 mil.

A base das evidências para as palavras documentais de Janot é a mensagem encontrada no celular do ex-diretor da UTC, Walmir Pinheiro. Deve ser sinalizado que a UTC é mais uma das empreiteiras que estão sendo investigadas na Lava Jato. Outra dado considerado conclusivo para a acusação do ministro, foi o papel impresso com a sigla do DEM, com informações bancárias escritas para o depósito das “doações”.

Janot diz que é “curioso observar que, na prestação de contas oficiais da campanha do deputado Mendonça Filho, há o registro de doação de exatos R$ 100 mil pelas empresas Construtora Odebrecht e Queiroz Galvão, cada. Ainda, a UTC Engenharia efetuou doação de R$ 100 mil ao Diretório Nacional do DEM, no dia 5 de setembro de 2014, e outra quantia de igual valor, em 5 de agosto de 2014”.

Porém, o que mais causa desconfiança em tudo isso é que a conclusão do Procurador da República foi endereçada ao STF em 26 de janeiro, mas se tornou de conhecimento público só no dia 17 de junho ou bem depois que a Câmara dos Deputados afastou a presidente Dilma Rousseff por 180 dias.

A pergunta que muitos estão fazendo nesse momento é será que depois de toda essa seleuma, Mendonça Filho continuará sendo o ministro da Educação?

Parece que nada mais causa espanto até mesmo porque, nos últimos dias, Temer nomeou Gustavo Henrique Perrela Amaral Costa para cargo importante no ministério dos Esportes, mesmo Perrela sendo o proprietário do helicóptero apreendido em Minas Gerais, com quase 500 quilos de cocaína.