Eleito para o segundo turno das eleições, Fernando Haddad, candidato à Presidência pelo Partido dos Trabalhadores, visitou na manhã desta segunda-feira (8) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o qual se encontra cumprindo pena na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. O candidato chegou à sede da PF por volta das 11h. Essa é a primeira agenda de campanha do ex-prefeito de São Paulo.
Segundo a colunista Mônica Bergamo, da BandNews FM, lideranças do PT defendem que Lula deve ajudar a definir quais as prioridades de Haddad, tal como as alianças, acordos e os rumos que devem ser tomados visando a uma possível vantagem para o segundo turno, que acontece no próximo dia 28.
Um dos dirigentes do partido, afirmou que o maior desafio será atrair voto de eleitores que rejeitam Bolsonaro, mas ao mesmo tempo são críticos ao PT, mas diz que essa é a prioridade no momento.
Além de Haddad, Lula recebeu visitas de Emídio de Souza, secretário de finanças do PT, e Luiz Eduardo Greenhalgh, advogado ligado ao MST.
Haddad cita Lula apenas uma vez em coletiva de imprensa
Após a visita ao ex-presidente, o ex-prefeito de São Paulo concedeu uma entrevista coletiva que durou cerca de 18 minutos.
Para ele, sua ida a segunda etapa é "um feito". Haddad afirmou que "a defesa do estado de bem-estar social" é o que o difere de seu opositor, além da defesa de um projeto de desenvolvimento com inclusão social.
O nome de Lula foi citado apenas uma vez. Porém não foi mencionado se o petista voltará a visitar o ex-presidente e qual foi sua análise sobre o resultado do primeiro turno.
Setores e eleitores do PT defendem que Haddad deve reduzir suas menções a Lula e passar a conduzir sua campanha de forma mais independente.
O candidato também fez acenos a Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (REDE) e Henrique Meirelles (MDB) durante a entrevista.
Oposição e apoio
Foram realizados protestos e um panelaço de moradores das redondezas com a chegada do petista ao seu local de votação no último domingo (7). Militantes do PT também se fizeram presentes e responderam às provocações.
"Em dia de eleição é normal esse tipo de manifestação. Desde que ocorra de forma pacífica, não vejo problema algum", disse Haddad.
Após o resultado das votações, o candidato recebeu telefonemas de Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (REDE) e Guilherme Boulos (PSOL). Ciro Gomes já deu sinais de apoio à candidatura do petista.
Antes mesmo do primeiro turno, Haddad já havia pregado esta conciliação.