O vice-presidente da República, general Antônio Hamilton Martins Mourão, se manifestou a respeito da situação enfrentada pelo secretário-geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno.
O centro de todo o problema que acarretou uma crise política no Governo do presidente Jair Messias Bolsonaro refere-se às supostas candidaturas laranjas do PSL durante as eleições do ano passado.
Mourão se expressa sobre crise enfrentada pelo governo Bolsonaro
O vice-presidente ressaltou que o anúncio relacionado à demissão do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno, deverá mesmo ocorrer nesta segunda-feira (18).
De acordo com as palavras do general Mourão, "esse anúncio está previsto, de hoje não passa".
Ao ser questionado quais teriam sido os motivos pelo fato de a exoneração de Bebianno não ter sido ainda publicada no "Diário Oficial da União", o vice-presidente não soube dar detalhes referentes a essa situação.
Entretanto, o general Mourão concluiu que o presidente Jair Bolsonaro estaria aguardando alguma coisa. Vale lembrar que nesta manhã o vice esteve em audiência com o mandatário brasileiro, no Palácio do Planalto. Embora a expectativa fosse que a exoneração de Gustavo Bebianno fosse, de fato, oficializada na manhã desta segunda-feira, o presidente da República decidiu, por ora, segurá-la.
De acordo com informação repassada pelo jornal Folha de S.Paulo, interlocutores aliados do presidente Jair Bolsonaro tentam fazer um convencimento para que Gustavo Bebianno possa aceitar outro cargo no governo federal, porém, o mesmo tem se posicionado contra e resistido à ideia.
Há ainda uma expectativa para que seja anunciado o substituto de Bebianno, que em um primeiro momento, trata-se do general da reserva Floriano Peixoto, que já é o secretário-geral da pasta comandada pelo ministro supracitado.
Vale lembrar que no último dia 10, o jornal Folha de S.Paulo revelou que o PSL, que é a legenda do presidente da República, chegou a criar uma candidata laranja no estado de Pernambuco, que teria recebido do partido aproximadamente R$ 400 mil de dinheiro público na última eleição, em 2018.
Ela chegou a ter 274 votos, porém, gastou cerca de R$ 380 mil em uma gráfica com endereço de fachada, o que acabou sendo verificado que não havia nem máquinas para impressão em massa na empresa.
A quantia teria sido repassada pelo então presidente do PSL à época, Gustavo Bebianno. Em uma entrevista à rádio CBN, o ministro afirmou que o responsável pelo repasse do dinheiro à candidata de Pernambuco era Luciano Bivar, cujo reduto eleitoral é o estado de Pernambuco.