O juiz Marcelo Bretas, titular da Sétima Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, manifestou-se sobre as festividades de Carnaval durante entrevista à jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo. Bretas fez a sua estreia na Sapucaí, estando no camarote Quem-O Globo. Ao ser indagado sobre a famosa festa popular, Bretas disse: “Carnaval não é a minha praia”.
O magistrado comanda um dos "braços" da Operação Lava Jato, que se desenvolveu na capital fluminense.
Vale ressaltar que o juiz foi responsável pela prisão de algumas das principais autoridades do estado do Rio, como, por exemplo, os ex-governadores Sérgio Cabral e Antônio Pezão.
Rejeição à disputa de qualquer cargo político
Bretas é nascido no município de Nilópolis, no estado fluminense. Após todo seu trabalho de combate à corrupção, o mesmo foi questionado sobre a possibilidade de uma eventual disputa de algum cargo eletivo político.
Ele garantiu, de modo categórico, que não deverá ser candidato a nenhum cargo político no Brasil, embora isso já tivesse sido apregoado pela própria imprensa e pela sociedade civil organizada, após o ex-juiz Sergio Moro ter aceitado compôr o governo do presidente da República, Jair Messias Bolsonaro. Ao manifestar sua opinião sobre o papel de Moro a frente do Ministério da Justiça e da Segurança Pública, Marcelo Bretas afirmou que a presença do ex-magistrado paranaense contribui para proporcionar uma tranquilidade maior para o trabalho de magistrado.
Bretas acredita que Moro "é alguém que conhece muito bem o trabalho, sabe das necessidades e é acessível".
O magistrado fluminense assegurou, de modo pessoal, que o Carnaval não seria seu gosto musical, já que ele tem predileção por rock, músicas dos anos 1990 e instrumentais. No entanto, o juiz responsável pela condução da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro disse que estava encantado com a organização da festa, além das fantasias e carros alegóricos na avenida.
Outro fator que Bretas alavancou, em se tratando do trabalho desenvolvido por Moro no governo de Jair Bolsonaro, é que o ex-magistrado da Lava Jato do Paraná goza de confiança irrestrita e que a simples garantia de Moro estar lá na administração pública federal, na condução do Ministério da Justiça e da Segurança Pública, já se trataria de garantia de um trabalho melhor.
Sobre seus trabalhos, Bretas disse que é juiz federal e que está feliz, e concluiu: "para ser sincero, nunca achei que chegaria tão longe".