O ministro da Justiça e Segurança Pública do Governo de Jair Bolsonaro, Sergio Moro, manifestou-se em relação ao combate anticorrupção no Brasil, ao se expressar a respeito da possibilidade de que exista algum tipo de retrocesso em relação a isso.
O ministro foi taxativo ao afirmar que enquanto estiver no cargo de ministro da Justiça, não permitirá que haja retrocessos em se tratando de todos os avanços já conquistados, principalmente, por meio da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. "Não vai ser no meu turno como ministro que nós vamos deixar esses esforços anticorrupção serem perdidos", disse.
Defesa expressa do pacote anticrime
Ao fazer uma forte defesa do pacote anticrime que fora apresentado ao Congresso Nacional, Sergio Moro ressaltou que a tramitação do projeto poderá trazer muitos ganhos econômicos ao país no que tange o combate à criminalidade. Vale lembrar que a tramitação da proposta do pacote anticrime pode acontecer paralelamente ao projeto da reforma da Previdência, cujo projeto foi idealizado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
Segundo Moro, os trabalhos de investigação e todo o esforço contra a Corrupção continuará existindo. Ele garantiu que terá grande responsabilidade sobre tudo isso, por estar chefiando a pasta da Justiça. O ex-magistrado que conduziu a força-tarefa da Operação Lava Jato em primeira instância, a partir de Curitiba, fez o comentário durante discurso no fórum "Estadão Discute Corrupção", realizado pelo jornal O Estado de S.Paulo.
No evento foram discutidos temas relacionados ao combate à corrupção, realizado por meio da Operação Lava Jato e da Operação Mãos Limpas, realizada na década de 1990 na Itália.
Ao discursar na sede do Grupo Estado, o ministro Moro demonstrou bastante otimismo em relação à luta contra a corrupção no Brasil. Naquele momento, o ministro disse que no âmbito da força-tarefa de combate à corrupção, pessoas estão fazendo o cumprimento de suas penas e, inclusive, algumas já cumpriram o que deviam.
Outro instrumento defendido pelo ministro, além do projeto do pacote anticrime, trata-se da possibilidade da prisão preventiva para detidos no âmbito da Operação Lava Jato, como, por exemplo, ao citar a situação da prisão do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, e também a prisão do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, do MDB do Rio de Janeiro. Segundo Moro, ambas as prisões supracitadas não seriam consideradas como "troféus" para o ex-magistrado da Operação Lava Jato.