Membros do Movimento Brasil Livre – mais conhecido por MBL – teriam sido chamada de “tontos” em 2016, em diálogos entre o então juiz, Sérgio Moro, e os procuradores da Operação Lava Jato. O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro e Lava Jato não seguem não reconhecendo as mensagens, além disso, o ministro disse, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo que sempre respeitou o movimento.

Segundo o site da Veja, os membros do MBL não desistirão das manifestações do dia 30 de junho. Tanto o deputado Kim Kataguiri (DEM) e o deputado estadual Arthur Moledo do Val (DEM), disseram ao portal que o movimento não vai ter um sentimento de revanche.

Assim, continuam apoiando o Ministro Moro.

Ainda durante a entrevista ao site da Veja, o deputado Kim Kataguiri (DEM) disse que a presença do MBL a manifestação do dia 30 está confirmada. Segundo ele, o movimento não vai compactuar com esses vazamentos que ele chama de “criminosos”, só porque o então juiz Moro tenha discordado de uma das manifestações do MBL. O deputado complementa que seria muito infantil e revanchista fazer isso, que não é a índole do movimento.

No entanto, Kim afirmou que estará em Brasília no dia da manifestação e não sabe se estará na movimentação. O deputado estadual, Arthur do Val (DEM), esclarece que a manifestação foram organizadas pelo movimento "Vem pra Rua" e não pelo MBL, que aderiu a ideia.

Motivo das manifestações

Ambos os movimentos civis serão realizados a fim de defender o ministro Moro sobre a acusação de não ser imparcial em seus julgamentos nos processos da Lava Jato. Essas acusações começaram desde o dia 9 de junho, quando o portal The Intercept Brasil divulgou as conversas entre o então juiz Moro e os procuradores da Operação Lava Jato pelo aplicativo Telegram.

Essas conversas, parte dos juristas, comprovam que havia uma conexão entre o juiz e o Ministério Público e podem abrir várias possibilidades de se questionar os julgamentos até aqui realizados.

No último domingo (23), o jornal Folha de S. Paulo trouxe novas conversas que foram reveladas pelo site The Intercpt Brasil em que mostravam Moro mantendo um dialogo com o procurador Dallagnol. As conversas foram realizadas no dia 23 de março de 2016 sobre as condutas no MBL. Nessa época, o então ministro do STF (Superior Tribunal Federal), Teori Zavaski, que era relator da Operação Lava Jato no Supremo, estava ameaçando acabar com a operação, desmembrando os processos como meio de diminuição do poder dos procuradores.

Sérgio Moro teria dito – no horário das 22:36 – que se os procuradores teriam contato com algum membro do MBL, mas que eles eram “tontos” de fazerem manifestação na frente do condominio do ministro. Segundo Moro, isso não ajudaria em nada.

Dallagnol respondeu que se o Moro quisesse, ele procuraria algum contato, porém, não achava necessário porque eles não estavam vandalizando e nem sendo violentos. Nesse caso, não achava necessário se meter nem de um lado e nem do outro. Moro então responde que com o movimento não queria contato, já que ficaram bravos no ano anterior – 2015 – com eles por não apoiar as manifestações, já que são a favor do impeachment.