O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), respondeu às críticas do presidente francês, Emmanuel Macron, em declaração feita na manhã desta terça-feira (27), enquanto deixava o Palácio da Alvorada, em Brasília. Na oportunidade, Bolsonaro decidiu esclarecer o episódio envolvendo a esposa do chefe de estado da França, bem como rebateu críticas de Macron.
Na última segunda-feira (26), o presidente francês disse que considerou desrespeitosa a forma com que Bolsonaro tratou a sua esposa, Brigitte Macron, e chegou a dizer que algum dia os brasileiros terão um presidente à altura do cargo.
Na última semana,Macron afirmou que Bolsonaro mentiu a ele sobre as políticas ambientais.
Bolsonaro afirma que não ofendeu Brigitte
O presidente respondeu aos jornalistas na manhã desta terça-feira e pareceu bastante incomodado com as perguntas sobre a primeira-dama da França, Brigitte Macron. Ao responder e reforçar o comentário feito por um seguidor no Facebook, que zombava de Brigitte, Bolsonaro afirmou que respondeu a fim de repreendê-lo para "não falar besteira", e ainda complementou dizendo que não interfere em questões pessoais referentes ao presidente francês.
O comentário aconteceu em uma postagem pública do presidente em seu perfil oficial no Facebook. Na oportunidade, um seguidor do presidente colocou uma foto em alusão comparativa que retratava Michele Bolsonaro e Brigitte Macron, com a legenda: "agora entende por que Macron persegue Bolsonaro?".
Em seguida, o perfil do próprio presidente endossou o comentário. "Não humilha cara", disse, acompanhado de risadas virtuais.
Em sua defesa, Bolsonaro disse que não foi ele quem colocou a foto na caixa de comentários, mas sim outra pessoa. Segundo ele, sua ideia com a resposta era repreender o seguidor para não falar besteiras.
De acordo com Bolsonaro, a ideia não é levar nada para o lado pessoal ou familiar. "Respeito o cara para não entrar nessa área", disse.
Ao ser questionado sobre o teor do comentário, Bolsonaro ameaçou os jornalistas de que encerraria a entrevista caso as perguntas persistissem. Após algumas investidas dos profissionais, Bolsonaro abandonou a entrevista.
Ainda durante a entrevista, Bolsonaro abriu brechas para aceitar uma possível ajuda de R$ 83 milhões do G7 para salvar a Amazônia. Contudo, a aceitação do valor estaria vinculada a um pedido de desculpas de Macron ao presidente brasileiro, que afirmou ter sido ofendido pelo presidente da França. "Ele vai ter que retirar essas palavra", disse Jair Bolsonaro.