O presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ) viu os números de seu governo piorarem nesta segunda-feira (2). Isso porque, segundo pesquisa da Datafolha, publicada pelo jornal Folha de S.Paulo, a aprovação do presidente diminuiu significativamente, na mesma medida que sua reprovação aumentou.
A pesquisa foi realizada entre os dias 29 e 30 de agosto, entrevistando um total de 2.878 pessoas acima dos 16 anos, em 175 cidades brasileiras diferentes. O nível de confiança da pesquisa é de 95% e a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Apesar dos números mostrarem a queda a aprovação e o aumento na reprovação, os números consideram que os índices do governo se mantêm estáveis.
A pesquisa Datafolha
A pesquisa Datafolha foi divulgada nesta segunda-feira (2), no jornal Folha de S.Paulo, e revelou os dados do governo nestes primeiros oito meses de gestão. Os números apontam o que os eleitores acham do atual governo de Jair Bolsonaro. Assim, segundo a pesquisa:
- Ótimo/bom: 29%
- Regular: 30%
- Ruim/péssimo: 38%
- Não sabe/não respondeu: 2%
Vale ressaltar que o índice regular, segundo as pesquisas, mostram apenas a estabilidade nos números, não sendo utilizado como forma de aprovação da gestão de Bolsonaro. Nos meses de abril e julho, pesquisas também foram realizadas e mostram a sutil queda na aprovação do governo e o aumento na desaprovação.
- Ótimo/bom: 32% em abril e 33% em julho;
- Regular: 33% em abril e 31% em julho;
- Ruim/péssimo: 30% em abril e 33% em julho;
- Não souberam responder: 4% em abril e 2% em julho;
Ou seja, apesar das quedas, a estabilidade se manteve, apesar de que, nas pesquisas anteriores, mostrava-se uma fatia igual entre os que desaprovavam, aprovavam e os que acreditavam que o governo fosse regular.
Jair Bolsonaro, entre os últimos quatro presidentes eleitos pela população, apresenta o maior índice de desaprovação. Nos governos de Fernando Henrique Cardoso (1995), Lula (2003) e Dilma (2011), os índices foram mais favoráveis aos então presidentes à época. Assim, os números nos primeiros oito meses de governo apresentavam:
- Fernando Henrique Cardoso, em 1995, com 15%
- Lula, em 2003, com 10%
- Dilma, em 2011, com 11%
- Jair Bolsonaro, em 2019, com 38%
Crises recentes afetaram na aprovação
Os números mostram que as crises recentes no governo Bolsonaro podem ter sido significativas para os índices negativos.
O aumento das queimadas na Amazônia, a crise internacional com a França, após episódio com Macron, e a indicação do filho Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) ao cargo de embaixador nos Estados Unidos podem ter sido determinantes para que o índice de reprovação do governo aumentasse.