Segundo informações do jornal Folha de S.Paulo, neste sábado (8), na porta do Palácio do Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro cruzou os braços com as mãos fechadas e apontou uma "banana" para os jornalistas. Sua ação foi um complemento a uma crítica à imprensa por matérias que criticam a sua fala em favor do programa de prevenção à gravidez na adolescência, desenvolvido pela ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves.

Na última quarta-feira (5), o presidente Bolsonaro defendeu a proposta da ministra e afirmou que uma pessoa com HIV representa uma “despesa para todos no Brasil”.

Essa posição do presidente repercutiu nas reportagens e nas redes sociais. Em resposta, o presidente reafirmou que a culpa do indivíduo possuir Aids é de uma má orientação sexual dada pela família, o que significa que é um papel da família orientar para evitar que o sexo não seja feito de maneira precoce, bem como alertar para o risco de contrair DSTs. Para Bolsonaro, além do problema gravíssimo, há também um alto custo para o Estado.

Presidente Bolsonaro critica a imprensa

O presidente Bolsonaro nem sempre tem boas relações com a imprensa e chegou a dizer que o papel da imprensa não é destruir reputações. Também afirmou que gostaria de ser amigo dos jornalistas, mas que isso é impossível.

Em sua fala, o presidente questionou os jornalistas se gostariam que o país voltasse a ser governado por aqueles que faziam um governabilidade mergulhada na Corrupção e desesperança para o povo.

Bolsonaro desafiou os governadores a reduzir o ICMS (imposto estadual) em relação ao preço do combustível, e reclamou da cobertura dizendo que não houve “uma matéria legal, decente” sobre ele e seu Governo.

Para finalizar o pronunciamento direcionou suas críticas à Folha, numa matéria sobre Fábio Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula, e o peso de um sobrenome, escrito por Marco Aurélio de Carvalho, advogado de defesa do filho do ex-presidente.

De acordo com o presidente, o artigo tende a defender o filho de Lula, mas “esculhambaram” com todos na sua família.

A Folha publicou diversas reportagens relacionadas ao envolvimento da Oi e da Tele ao sítio de Atibaia e em contradição publicou um artigo em defesa do filho de Lula, que também é investigado. E ao finalizar suas falas, Bolsonaro fez sinal de ‘banana’ para os jornalistas antes de entrar no carro que o levou para o estádio Mané Garrincha, onde aconteceu o evento evangélico, sob a escolta de batedores.

Bolsonaro é ovacionado no estádio Mané Garrincha

O presidente subiu ao palco ao som do Hino nacional que foi cantado juntamente com o público que o aplaudiu. Ao final dos aplausos o presidente Jair Bolsonaro disse estar entre amigos e que seu governo está mudando o Brasil, e acrescentou que "o Estado pode ser laico", mas que ele é cristão. Para finalizar, pediu a Deus coragem para melhor conduzir o futuro do país.