O deputado federal Alexandre Frota, ex-bolsonarista, e posteriormente expulso do Partido Social Liberal (PSL), anunciou que acionou sua equipe jurídica para trabalharem em um pedido de impeachment contra Jair Bolsonaro, com base em um suposto disparo de uma mensagem via WhatsApp, noticiado pela jornalista Vera Magalhães.

O conteúdo da mensagem incentiva uma manifestação marcada para dia 15 de março, em defesa do Jair Bolsonaro e contra o Congresso Nacional e o STF. O conteúdo é visto como um ataque às instituições da República, sendo repudiada por grande maioria dos políticos, agravando ainda mais o relacionamento do Executivo com o Legislativo, principalmente em ano de mais reformas estruturais importantes.

As informações são da coluna de Guilherme Amado, da revista Época.

A vingança de Alexandre Frota

O deputado federal Alexandre Frota, eleito por São Paulo com 155 mil votos, teve sua ascensão graças ao crescimento do bolsonarismo, ao qual o mesmo fez juras de amor e lealdade para com o atual presidente.

Depois de eleito, o parlamentar teve problemas com Eduardo Bolsonaro e os demais filhos de Jair Bolsonaro, com os quais começou uma crise interna dentro do PSL.

O resultado desta crise foi sua expulsão, mas sem cassação de seu mandato. Alexandre Frota se filiou ao PSDB, de João Doria, que o ator apoiou para o cargo de governador na campanha de 2018.

Diante de todos estes acontecidos, começou então atacar o presidente.

Primeiro, em sua participação na CPMI das Fake News. Segundo, no pedido de impeachment do Ministro da Educação, Abraham Weintraub, junto ao parlamentares da oposição. Agora, com o pedido de impeachment do próprio presidente Jair Bolsonaro, esperado para os próximos dias.

Uso do impeachment

Na história recente do nosso país, dois presidentes da República sofreram processos de impeachment: Fernando Collor e Dilma Rousseff.

Vale ressaltar que podem sofrer impeachment, além do presidente da República, o procurador-geral da República, ministros de Estado, ministros do Supremo Tribunal Federal, governadores e secretários de Estado.