O presidente Jair bolsonaro (sem partido) falou com jornalistas nesta quinta-feira (30) na saída do Palácio da Alvorada. O chefe do Executivo federal argumentou sobre a pandemia que já vitimou milhares de pessoas no país e também argumentou sobre os exames médicos que fez.

Durante a entrevista coletiva, foi perguntado sobre a apresentação dos exames médicos que Bolsonaro havia feito para atestar se houve ou não o contágio do novo coronavírus. Mesmo afirmando testar negativo para doença, Bolsonaro continuou se negando a apresentar o resultado e ainda disse que iria se sentir violado se fosse obrigado a apresentar os laudos médicos.

"Tem uma lei que garante a intimidade, e a lei vale para todo mundo (sobre o exame dele). A AGU deve ter recorrido e se nós perdemos o recurso aí vai ser apresentado. Aí vou me sentir violentado. A lei vale do cidadão mais humilde até o presidente", disse o presidente durante a entrevista. O presidente também argumentou sobre as mortes em razão do coronavírus.

Dias atrás, o jornal O Estado de S. Paulo conseguiu entrar na Justiça para obter informações do resultado dos exames de Bolsonaro, onde chegou a ser dado um prazo para a apresentação do fato apresentado.

Além de argumentar sobre os exames, Bolsonaro continua a informar que é importante a participação de todos os brasileiros no combate à pandemia, tendo em vista que não existem mais o que fazer a não ser a prevenção.

Problemas

O presidente está enfrentando muitos problemas nesses últimos dias, onde muitos políticos estão sendo contrários às palavras usadas por Bolsonaro referente à pandemia do novo coronavírus. Em uma outra declaração, Bolsonaro questionou um repórter ao ser perguntado sobre o aumento das mortes no Brasil. ''Meu nome é Messias, mas eu não posso fazer milagre'', argumentou Bosonaro.

Com isso, muitos políticos se manifestaram sobre as palavras proferidas pelo chefe do Executivo. O atual governador do estado de São Paulo, João Doria, criticou Bolsonaro e disse: ''...Começando por respeitar os brasileiros, os brasileiros que o elegeram presidente da república e os que não o elegeram também, respeitando pais, mães, avós, parentes e amigos que perderam as suas vidas no Brasil até ontem pelo coronavírus''.

A respeito da pandemia do coronavírus, o Ministério da Saúde atualizou os dados, onde já foram registrados 5.511 mortes e 79.361 casos confirmados. Ainda não há previsão da retomada das atividades profissionais.