Será analisado pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, uma suspeita de ter ocorrido um vazamento de informações a respeito de uma operação da Polícia Federal para o senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro.

A denúncia foi relatada pelo empresário Paulo Marinho ao jornal Folha de S.Paulo. Marinho, que é suplente de Flávio, declarou que, na ocasião, ouviu do senador que ele havia recebido informações sigilosas a respeito da investigação que envolvia seu ex-assessor Fabrício Queiroz.

Através de uma nota, a PGR declarou que o procurador-geral da República irá analisar o relato que foi feito pelo empresário a respeito do caso e que contará com uma equipe de procuradores para isso, que fazem parte de seu gabinete em matéria penal.

No entanto, não foi informado pelo órgão se será aberto um processo para que seja investigado o caso. Após ter sido publicada a entrevista que foi concedida por Marinho, Flávio Bolsonaro usou de suas redes sociais na manhã deste último domingo (17) para se defender das acusações.

Polícia Federal se manifesta sobre suposto vazamento

Na noite do domingo (17) foi divulgado pela Polícia Federal onde foi informado que o suposto vazamento que foi descrito, com as informações acerca da operação Furna da Onça, foi investigado através da Polícia Federal no Inquérito Policial de número 01/2019, e que foi relatado.

A nota ainda esclarece que as notícias de um eventual desvio de conduta agora deverão ser apuradas, e que, com isso, foi determinado neste último domingo que foi instaurado um novo procedimento específico para que fossem apurados os fatos que foram apontados em relação ao caso.

Paulo Marinho, que é suplente de Flavio, havia declarado que o filho mais velho do presidente lhe contou que recebeu as informações sigilosas através da Polícia Federal.

A investigação envolvia Fabrício Queiroz, que era assessor do senador.

De acordo com o que consta no relato, um delegado da PF havia avisado da investigação que aconteceria pouco após o primeiro turno das eleições de 2018. Ele ainda declarou na ocasião que membros da Superintendência da PF do Rio de Janeiro iriam adiar a Operação Furna da Onça para que não prejudicasse a eleição de Bolsonaro à presidência.

Flavio, porém, negou a acusação através de uma nota.

Marinho ainda declarou que a orientação que foi dada pelo delegado em questão era de que Fabrício Queiroz fosse exonerado do seu cargo no gabinete na Assembleia Legislativa do Rio.

No dia 15 de outubro teriam sido demitidos de seus cargos Queiroz e sua filha Nathalia Queiroz, esta última que, inclusive, fazia parte do gabinete de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados. A operação aconteceu no dia 8 de novembro de 2018, pouco mais de uma semana após ter acontecido o segundo turno da eleição, quando Bolsonaro saiu vitorioso.