Nesta quinta-feira (28), o presidente Jair Bolsonaro falou sobre a operação da Polícia Federal que cumpriu vinte e nove mandados de busca e apreensão. O discurso foi em frente ao Palácio da Alvorada, durante o período da manhã.

Os mandados foram realizados nos seguintes estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal, Mato Grosso, Paraná e também em Santa Catarina. A operação, que faz parte do chamado inquérito das fake news, aconteceu na quarta-feira (27).

Os mandatos foram cumpridos em endereços ligados a empresários e blogueiros que apoiam o governo atual.

Eles foram autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Inquérito das fake news e Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro chegou a criticar a operação, falou que “as coisas têm um limite” e usou um palavrão para expressar que não admitirá mais certas atitudes.

Ele também chegou a citar em seu discurso que não há democracia sem um judiciário que seja independente, assim como também um legislativo.

Na quarta-feira (27), o presidente se expressou nas redes sociais, afirmando que algo grave estaria ocorrendo em nossa democracia, e que “cidadãos de bem” estavam sendo alvos de mandados.

Eduardo Bolsonaro, no mesmo dia, falou durante uma transmissão ao vivo que o pai teria que tomar uma “medida enérgica”.

Além disso, afirmou que haverá um “momento de ruptura”.

Veja o discurso de Bolsonaro nesta quinta-feira

Bolsonaro começou o discurso ao falar que a liberdade de expressão é algo sagrado, no qual a mídia tradicional e as populares redes sociais precisam conviver.

Logo após, ele disse que o processo foi criado em cima de uma notícia forjada, a fim de atrair a atenção da opinião pública.

Ele se referia a boatos de que existe um “gabinete do ódio”, que fazem ataques contra o presidente e sua família.

Bolsonaro afirma que na operação, a polícia invadiu casa de inocentes, as humilhando na frente de suas famílias, sendo esse ato “inadmissível”.

"Mais um dia triste na nossa história, mas o povo tenha certeza, foi o último dia triste", declarou Bolsonaro.

Bolsonaro volta a falar sobre vídeo da reunião

O presidente também voltou a falar sobre o ministro Celso de Mello, criticando a soltura do polêmico vídeo para o público. O vídeo era de uma reunião que ocorreu no dia 22 de abril.

O vídeo tem trechos que repercutiram na mídia, como quando Abraham Weintraub, atual ministro da Educação, insultou os ministros do STF com palavras ofensivas, e falou que deveriam ser presos.

Logo após, o STF determinou que o ministro da Educação prestasse depoimento sobre a reunião.

Por fim, o ministro da Justiça, André Mendonça, requereu a exclusão de Weintraub do inquérito.