O ato mundial marcado neste domingo (28), intitulado de StopBolsonaro, tem como pauta a postura do Governo Bolsonaro em relação à pandemia de coronavírus, a defesa da democracia e contra ameaças de grupos antifascistas.

Os protestos acontecem tanto de maneira presencial como virtual, e abrange mais de vinte países. Os eventos no exterior contam com o apoio de diversas entidades e partidos políticos brasileiros. Os participantes dos atos pedem a cassação da chapa Bolsonaro e Mourão.

França

A cidade de Paris, na França, realiza neste domingo o segundo turno das eleições municipais, por isso os atos do movimento StopBolsonaro aconteceram no sábado (27).

O evento aconteceu no Jardim Marielle Franco, localizado na capital francesa, construído em homenagem à vereadora assassinada no estado do Rio de Janeiro. Os grupos Levante Mulheres contra Bolsonaro, o comitê Lula Livre, a rede Europeia pela democracia no Brasil, e o France-Brésil foram os responsáveis pela convocação e realização dos protestos na França.

Em meio a pandemia do coronavírus, os protestos aconteceram com algumas restrições para evitar o contágio da doença. Entre as medidas de segurança e saúde estava o uso da máscara e o respeito do distanciamento social. O número máximo de participantes permitidos foi de 50 pessoas por vez. Revezamentos de chegada e saída foram feitos pelos grupos em cumprimento das ordens.

O protesto, que terminou em clima de festa ao som de maracatú Tamaracá, reuniu em média 150 pessoas.

Outras Regiões

Além de diversas cidades brasileiras, outras regiões europeias já realizaram atos contra o governo Bolsonaro. Cidades europeias como Lisboa, Madri, Viena, Amsterdam, Genebra, Roma, Bruxelas, Porto e Munique também realizaram eventos públicos e virtuais.

América do Norte, América do Sul e a Nova Zelândia se organizam para as manifestações.

Fibra

A Frente Internacional Brasileira contra o Golpe (FIBRA) é a responsável por iniciar o movimento mundial StopBolsonaro.

A FIBRA foi fundada no ano de 2016, após o impeachment da ex-presidente Dilma Roussef, e é responsável pelo movimento Lula Livre no exterior, realizado no período em Lula esteve preso em Curitiba (PR).

Os protestos que estavam previstos para fevereiro deste ano foram cancelados em virtude da pandemia do Covid-19. Inicialmente o movimento StopBolsonaro seria adiado enquanto os efeitos do coronavírus estivessem no auge.

Porém, os organizadores decidiram convocar os protestos agora alegando que, se nada for feito, em breve não existirá mais Brasil para salvar.

O movimento conta com o apoio de grupos de direitos humanos, líderes religiosos de diversas crenças, partidos, defensores da democracia, coletivos pela paz e diversos sindicatos.

Além da cassação da chapa Bolsonaro/Mourão, o movimento tem como objetivo recuperar todos os direitos retirados pelo governo Temer e de Jair Bolsonaro. Sejam eles trabalhistas, econômicos, sociais, ambientais, ou de direitos humanos.

O grupo afirma estar do lado certo da história e que não desistirá de salvar o Brasil.