O caso da deputada Flordelis (PSD-RJ) é um dos mais comentados nos últimos dias. A imagem de mãe de 50 filhos adotivos homenageada em filme, mulher evangélica, pastora, defensora da família e dos bons costumes se esvaiu após a Polícia acusá-la de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, e ter cometido o crime com a ajuda de alguns de seus filhos.

Neste domingo (30), a Rede Globo exibiu no programa "Fantástico" o depoimento de uma testemunha que relatou que a deputada "ofereceu" uma das filhas para que pastores evangélicos de fora do país tivessem relações íntimas.

Relatos da testemunha

Os relatos realizados pela testemunha contam que em uma certa época, alguns pastores estrangeiros realizaram uma visita à casa de Flordelis e sua família. A deputada então teria oferecido uma de suas filhas para que mantivessem relações íntimas, como uma forma de boa recepção aos pastores.

Casas de swing

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPF) também ouviu uma testemunha que declarou que o pastor Anderson e uma das filhas adotivas mantinham relações íntimas e que o casal costumava frequentar casas de swing. Os investigadores do caso suspeitam que na noite em que Anderson foi assassinado a tiros, o casal teria ido a uma destas casas.

A relação íntima entre o pastor e a filha era consentida pela deputada, no entanto, de acordo com a testemunha, a filha não se sentia confortável com a situação à qual era submetida no ambiente familiar, mesmo assim ela obedecia às ordens do casal.

Ainda durante o "Fantástico" foi relatado que toda a imagem que existia em torno da família criada por Flordelis não condiz com as práticas do núcleo familiar.

Inocência

A denúncia contra a deputada foi realizada na segunda-feira passada (24). Devido à garantia de imunidade parlamentar, Flordelis não foi presa com os outros suspeitos e segue em liberdade.

Apesar das prisões realizadas, testemunhas e provas apresentadas até o momento, a deputada alega inocência e afirma que não está pronta para enfrentar uma prisão.

Em uma entrevista ao jornalista do SBT Roberto Cabrini, a deputada disse que tem plena convicção de que sua inocência será provada dentro de poucos dias, e ao dizer que não está pronta para ser presa ela afirma que não será, pois tudo isso não passa de uma grande injustiça, que não é real, e que ela não fez isso.

Ainda na entrevista, Flordelis declarou seu amor ao marido assassinado e disse que precisa descobrir quem realmente mandou assassinar o pastor. A deputada ainda alega não ter conhecimento da identidade do mandante do crime e afirmou que se tivesse, revelaria sem pensar duas vezes, pois, segundo ela, esta pessoa está acabando com a vida dela.