O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) confirmou nesta sexta-feira (21) que o auxílio emergencial fornecido às pessoas de baixa renda, com cadastro no CadÚnico e profissionais autônomos durante a pandemia do novo coronavírus, será prorrogado até o mês de dezembro deste ano.

O valor atualmente é de R$ 600 –em caso de mães solteiras ou que criam seus filhos sozinhas o valor é duplicado, somando R$ 1.200. No entanto, estes valores tendem a ser modificados em base nas discussões econômicas em torno no assunto. Jair Bolsonaro não mencionou valores em seu comunicado.

Confirmação

A informação de que o benefício seria realmente prorrogado já vinha sendo anunciado por líderes do Congresso e debatido com Guedes no campo econômico. O comunicado do presidente apenas reforçou o que já vinha sendo divulgado. Ao confirmar a prorrogação, Bolsonaro disse que o Governo manterá o benefício enquanto for possível, porém, as pessoas precisam começar a entender que ele não será eterno e uma hora vai ter que acabar.

Rio Grande do Norte

O comunicado foi feito como uma promessa em frente a apoiadores durante a realização de um evento que fazia a entrega de casas populares no Rio Grande do Norte. Bolsonaro participou do evento na companhia de alguns aliados de seu governo e ministros, quando foi aplaudido pelo povo.

A cena que aconteceu nesta sexta-feira (21) é vista por diversos sites de notícia como uma legítima campanha, com concordância ou não de partes opostas, já não é mais segredo que o presidente pretende lutar pela reeleição em 2022.

Ainda no local, Bolsonaro diz que o auxílio foi bem-vindo e que mesmo que ele não possa ser eterno, o governo pretende mantê-lo mesmo que com valores diferenciados até que observe uma retomada da economia no Brasil.

Aprovação

O auxílio emergencial, que foi criado para dar suporte ao povo de baixa renda no Brasil durante a crise causada pela pandemia do novo coronavírus, tinha como ideia inicial, por parte da cúpula do governo, uma ajuda de R$ 200.

O valor foi considerado muito baixo pelo Congresso, que brigou por um valor superior de pelo menos R$ 500, finalizando a negociação em R$ 600 e conquistado pela oposição.

O benefício acabou sendo algo positivo para o presidente Jair Bolsonaro, que viu sua popularidade dar uma alavancada, o que fez com que ele conquistasse novos apoiadores, principalmente nas regiões mais pobres do Nordeste, região que sempre foi considerada como reduto do Partido dos Trabalhadores.

Prorrogação

O tema que estava sendo debatido fortemente para chegar ao fim devido à grande despesa mensal acabou sendo visto com outros olhos e o próprio governo, em conjunto com o ministro da economia Paulo Guedes, começaram a debater e analisar a proposta de continuidade com outro tom. O novo valor deve ser divulgado no decorrer da próxima semana.