O deputado Arthur Lira (PP-AL) se manifestou após ser taxado de candidato que servirá ao Governo. Ele disse que ele não tem chefe. O deputado afirmou isso depois que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) era seu chefe.

Na última segunda-feira (11), o candidato disse que tanto ele como o candidato Baleia Rossi (MDB-SP) fazem parte da base do governo, mas que ele é mais verdadeiro, fala o que tem para falar e tem mais autonomia para administrar a Câmara dos Deputados.

Arthur Lira ressaltou que ele não é dominado por ninguém, pois não possui dono, chefe ou patrocinador.

“Eu não tenho dono, não tenho chefe, não tenho tutor, não tenho patrocinador”, disse. Lira recebeu o apoio de pelo menos 9 partidos, que somam 193 deputados.

Existe a possibilidade do PTB, com 11 deputados, e o Podemos, com 10, declarar apoio para o progressista e assim o número de votos subirem para 214.

A eleição para presidente da Câmara está marcada para acontecer no dia primeiro de fevereiro. A votação será em segredo e o candidato precisa de pelo menos 257 votos para ser eleito.

Arthur Lira também fez uma comparação entre as formas de governança no Senado e na Câmara e afirmou que o apoio de Bolsonaro ao senador Rodrigo Pacheco (DEM) acaba incluindo o partido como base do governo.

Lira ressaltou que a intenção da esquerda é deixar o Executivo sem autonomia e que este objetivo é para se alcançado tanto no Senado como na Câmara.

Bolsonaro diz que Maia e o PT são parecidos

Bolsonaro criticou a formação de bloco entre o PT e o DEM na Câmara dos Deputados. Enquanto falava com seus simpatizantes que sempre o esperam na saída do Palácio da Alvorada, o presidente disse que a aliança entre Maia e PT era apenas pelo poder e não para melhoria do país.

Com um tom de ironia, Bolsonaro usou uma teoria sobre o óleo e água que segundo ele, se misturam e que desta forma era Maia e o PT.

Ele ressaltou que os dois se merecem, pois são bem parecidos. O presidente comentou sobre o episódio em que Maia havia votado contra a ex-presidente Dilma Rousseff.

Maia chegou a criticar Lira e o chamou de “Bolsolira”. O presidente da Câmara disse que o progressista pensa e age igual a Bolsonaro, usando argumentos que, segundo ele, são distorcidos para se defender ou acusar alguém.

PT diz que aliança é até passar as eleições na Câmara

O PT disse, na época, que estava declarando apoio ao bloco que seria apenas para evitar que o candidato de Bolsonaro ganhasse as eleições. Para o PT, no momento, o que importa é deixar Bolsonaro sem autonomia por julgar que o mandatário exerce um poder autoritário e tem prejudicado o povo com algumas mudanças.

O PT ressaltou que assim que as eleições passarem, a aliança será desfeita e tudo voltará a ser como era antes.