Nas últimas semanas foram realizadas mobilizações pró-Bolsonaro. Isso impulsionou líderes de centrais sindicais, movimentos sociais e partidos de oposição (que antes defendiam o “fique em casa”) a irem às ruas pressionar o Governo na tomada de decisões mais assertivas quanto a aceleração da vacina contra o coronavírus, maior investimento na educação, auxílio emergencial e política econômica.

As regras de distanciamento social foram descumpridas e, segundo especialistas, isso não ajudará a conter a disseminação do vírus.

Manifestantes no Brasil e no exterior pedem impeachment de Bolsonaro

Neste sábado (29), milhares de manifestantes foram às ruas para protestar contra o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). Os atos aconteceram nas 27 capitais brasileiras. Milhares de faixas expressaram o descontentamento da população com a tomada de decisão do atual governo em relação ao enfrentamento da pandemia da Covid-19.

A maior concentração dos manifestantes ocorreu no Rio de Janeiro e São Paulo. Em meio às manifestações, houve muitos atos que pediram o impeachment do presidente Bolsonaro.

Manifestações contra Bolsonaro recebem críticas de especialistas

As manifestações contra Bolsonaro foram lideradas por centrais sindicais, movimentos sociais e partidos de esquerda.

O país já registra mais de 450 mil mortes decorrentes da Covid-19, com uma média de cerca de 2 mil mortes por dia. Diante dos fatos as manifestações passaram a ser alvo de críticas, em especial, porque foram detectadas aglomerações em diversos locais, apesar da ampla recomendação para o uso da máscara e distanciamento social, segundo a cobertura do jornal Folha de S.Paulo.

Cabe destacar que em 9 capitais os leitos de UTI estão com cerca de 90% de ocupação.

De acordo com os organizadores, a manifestação de sábado contou com atos em no mínimo 213 cidades brasileiras e 14 cidades do exterior, com cerca de 420 mil pessoas. Mas, desde que a pandemia deu início no Brasil, cerca de 200 cidades nacionais e internacionais vêm realizando atos contra o governo de Jair Bolsonaro.

PM do Recife encerra manifestações contra Bolsonaro de forma agressiva

No centro do Recife, a tropa de choque da Polícia Militar encerrou a manifestação com bombas de gás lacrimogênio e tiros de balas de borracha, deixando alguns manifestantes machucados.

A vereadora Liana Cirne (PT-Recife) foi agredida com spray de pimenta e precisou ser levada à UPA dos Torrões, situada na zona oeste da cidade.

A agressão sofrida pela vereadora foi filmada e circula nas redes sociais, mostrando Liana Cirne se aproximando da viatura para tentar conversar com os policiais, mas logo sendo recebida por um jato de spray de pimenta e caindo no chão, tossindo.