Kim Kataguiri é um jovem político que despontou no cenário nacional quando fazia parte do MBL (Movimento Brasil Livre), em meados da última década. Ele participou ativamente das manifestações que levaram a derrubada da então presidenta Dilma Rousseff (PT). Após isso, com seu destaque, conseguiu se eleger deputado federal pelo Democratas, no estado de São Paulo, em 2018. Na ocasião, com 23 anos, ele alcançou 465 mil votos, sendo o deputado mais votado de toda história democrática do país.
Neste sábado (8), Kim foi o convidado do canal do YouTube da comentarista política Gabriela Prioli.
Gastos públicos
Durante a entrevista, Kim defendeu o liberalismo com a mínima intervenção do estado na economia. Perguntado sobre a questão social, o político afirmou que as despesas com os mais pobres é o menor dos problemas com a responsabilidade fiscal. "As contas públicas estão estranguladas não por políticas sociais. Não porque o estado está gastando muito para atender o mais pobre. Não porque o estado tá gastando muito para criar um piso de oportunidades para o mais pobre. A irresponsabilidade fiscal no Brasil serve para financiar privilégio. Serve para financiar R$ 300 bilhões em renúncias fiscais para elite privada. Para empresas privadas que recebem esse privilégio do pagador de imposto mais pobre para financiar a elite do funcionalismo público.", criticou.
Mesmo com os gastos exorbitantes por parte do estado, essas despesas não resultam em um serviço de excelência para o cidadão, segundo o político. "Elite, cujo aumento de salário não significa uma melhora no atendimento final, no serviço público final pro cidadão mais pobre, e que geralmente, a elite estatal está muito distante do atendimento do dia a dia do cidadão.
Deputado, senador, um ministro do Supremo [Tribunal Federal] tá muito distante do atendimento de uma enfermeira, por exemplo, que trabalha numa rede municipal de saúde", disse.
Pobre que paga maior parte da conta
Kim continuou afirmando que o sistema brasileiro de tributação estrangula os mais desassistidos. "Mais do que isso, quanto mais a gente gasta, mais o estado tira dinheiro do mais pobre para pagar dívida, você não tira dinheiro do nada.
E esse é um dos pontos que sempre tem discussão sobre aumento de gastos na Câmara, os liberais chamam a atenção. A gente não tá tirando dinheiro do chão. A gente não tá fazendo caridade com nosso dinheiro. A gente tá endividando as futuras gerações. Pra endividar as futuras gerações a gente precisa ter uma justificativa muito boa, porque esse dinheiro saí, o pagamento da dívida brasileira sai principalmente do bolso do mais pobre", alertou.