Foi aprovado pela Comissão Mista de Orçamento na manhã da última quinta-feira (15) o relatório da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2022. O texto prevê que seja destinada para o fundo eleitoral a quantia de R$ 5,7 bilhões.

O dispositivo recebeu críticas da base do Governo, porém deputados como Carla Zambelli e Eduardo Bolsonaro, colegas do PSL de São Paulo, votaram favoráveis à medida.

Vídeo

O filho 03 do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) postou nas redes sociais um vídeo em que não fica claro se o chefe do Executivo também é a favor do Fundão.

No vídeo, Eduardo diz que a matéria será encaminhada para a Presidência da República, e o dispositivo poderá ser vetado.

Mas, mesmo que o dispositivo vá adiante, no final do ano o relator do Orçamento pode acatar ou não o tema, declarou o parlamentar. Em 2020 o presidente Jair Bolsonaro declarou que era contra o fundão no valor de R$ 2 bilhões (A Lei de Diretrizes Orçamentárias reservou para as eleições de 2018 a quantia de R$ 1,8 bilhão), mas não a vetou.

Carla Zambelli

A parlamentar por sua vez, afirmou que é "inaceitável" que o valor para a verba eleitoral tenha triplicado. Mas, assim como o filho do presidente da República, também votou a favor do texto. No Senado, o filho 01 de Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro foi mais um que aprovou a LDO.

Não colou

A atitude dos parlamentares bolsonaristas de aprovarem o Fundão gerou várias críticas dos apoiadores do governo Bolsonaro que pelas redes sociais fizeram críticas aos deputados e senadores que aprovaram a medida. Eduardo Bolsonaro para tentar justificar a atitude contraditória disse no vídeo postado nas redes sociais que o vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), atropelou a votação da LDO, que foi aprovada pelo Congresso.

A sessão legislativa na Câmara se estendeu até a madrugada da sexta-feira (16) e antes de seu encerramento, o presidente da Casa chamou o filho do presidente da República de “irresponsável” por tentar transferir a responsabilidade de suas votações no Parlamento.

Ramos disse que não é justo e que não iria admitir a atitude do parlamentar pelas redes sociais, disse o vice-presidente da Câmara que afirmou para que Eduardo Bolsonaro “tenha coragem de assumir seus votos, atitudes e posturas”, Ramos ainda declarou que é simples que após a votação simbólica, Eduardo vá às redes sociais dizer votou contra e assim não se responsabilizar por seus atos.

Centrão

Também na sessão na Câmara ocorrida na madrugada da última sexta-feira, o Centrão, o bloco de partidos que fazem parte da sustentação do governo Bolsonaro, também não gostou da atitude dos parlamentares bolsonaristas que tentaram negar que tenham votado pela aprovação da LDO.