Investigações sobre as suspeitas envolvendo o clã Bolsonaro foram arquivadas em diversos órgãos em 2021, de modo que o presidente Jair Bolsonaro e sua família puderam respirar melhor no Palácio do Planalto.

No entanto, casos que repercutiram podem voltar à tona em 2022, a exemplo do envolvimento de Jair Renan Bolsonaro com o suposto favorecimento à sua empresa de eventos. Há também a investigação que recai sobre o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no que diz respeito ao esquema de "rachadinha" e a compra de uma mansão, além do uso do cartão corporativo do presidente Bolsonaro.

As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Pedidos de impeachment contra Bolsonaro

Com a tentativa de reeleição em 2022, certamente, casos delicados como esses que resvalam sobre a família Bolsonaro tendem a ganhar fôlego em 2022. Além dos casos envolvendo Flávio e Jair Renan, há apurações contra o presidente, a exemplo dos ataques ao sistema eleitoral e a falsa associação entre a vacinação contra o novo coronavírus (Covid-19) e o risco de se contrair o vírus da Aids.

Na Câmara foram entregues mais de cem solicitações de impeachment contra o presidente Bolsonaro, mas que foram travados por Artur Lira (PP-AL), presidente da Casa, em 2021.

Bolsonaro é acusado de cometer 9 crimes durante pandemia

Uma série de acusações da CPI da Covid, propondo o indiciamento de Bolsonaro por nove crimes durante a gestão da pandemia, nada mais foi que um desgaste político, visto que as providências adotadas pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, acabaram sendo, por ora, protocolares.

Uma das vitórias mais importantes do presidente, em 2021, foi obtida no Tribunal de Contas da União (TCU), onde a corte recebeu em março um processo para apurar um possível tráfico de influência envolvendo a abertura da empresa Bolsonaro Jr Eventos e Mídia, mas sem qualquer investigação, arquivou em maio.

O colunista Rolf Kuntz, do jornal Estado de S.Paulo, afirma em seu artigo que o Brasil vive um período de desgoverno, visto que houve desarranjo dos negócios, desastre sanitário, destruição das florestas, explosão dos preços com aumento da inflação e o reaparecimento da fome.

PIB dificilmente será superior a 0,5% em 2022

A inflação disparou e com isso renda familiar está sendo corroída. Os juros altíssimos e o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) dificilmente superarão a estimativa de 0,5%. Esses fatores colocam as condições de trabalho em um estado ainda ruim, mesmo que haja alguma redução do desemprego no Brasil.

O último levantamento, referente ao trimestre móvel que foi encerrado em setembro, registrou 13,5 milhões de desocupados. Segundo estimativas fornecidas pelo Estadão, a economia brasileira irá continuar sob excessiva dependência do agronegócio, que atualmente é o segmento mais dinâmico e competitivo da produção nacional. O agronegócio que já ia mal antes da gestão bolsonarista, piorou a partir de 2019 e nada se fez para mudar a situação.