Na manhã desta quinta-feira (9), um professor de Música para crianças foi preso em sua casa, no bairro Teresópolis, na região sul de Porto Alegre. Ele é considerado pela Polícia Civil um dos dez maiores consumidores de pornografia infantil do Rio Grande do Sul.
A prisão do homem foi realizada através de uma longa investigação conduzida por agentes da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) da cidade de Canoas.
Segundo a polícia, o homem de 52 anos foi preso em uma mansão e dentro do local foram apreendidos milhares de materiais com pornografia infantil, como fotografias e filmes contendo cenas de crianças com idade entre 4 e 8 anos de idade em atos sexuais.
De acordo com o delegado responsável, Pablo Queiroz Rocha, o caso impressiona pela idade das crianças envolvidas nos materiais apreendidos pela polícia.
“Este sem dúvida é o caso mais impressionante em que trabalhei na minha carreira de delegado, pois já trabalhamos em casos de pornografia infantil contra crianças de até onze anos, mas é a primeira vez em que me deparo em uma situação em que as supostas vítimas possuem idades entre 4 e 5 anos”, menciona o delegado Rocha.
Ainda conforme os agentes civis, o homem colecionava todo o material e também os compartilhava em grupos fechados na internet, colaborando ainda mais para o incentivo deste crime.
O delegado ainda conta que no HD do computador do homem existiam milhares de conteúdos e que ele difundia todo aquele material há vários anos na internet.
“Só em relação ao compartilhamento de todo esse material já nos garante uma prisão inafiançável contra ele”, diz o delegado.
Homem morava em mansão e era bem sucedido
O homem investigado pelos agentes não possui filhos, é bem sucedido e mora sozinho em uma mansão e levava uma vida aparentemente normal aos olhos de todos que o conheciam.
“Realizamos uma inspeção por todo imóvel para tentar identificar se ele já tinha trazido alguma criança para casa, mas não achamos nenhum vestígio de que ele tenha feito isso. Mas é preciso frisar que ele é um pedófilo em potencial, pois essa aplicação se dá a toda pessoa que coleciona e divulga materiais impróprios infantis", disse o delegado.
"Isso significa que ele nunca possa ter encostado em uma vítima, mas sente vontade de fazer, isso representa um perigo eminente”, concluiu Rocha.
O homem foi conduzido imediatamente à delegacia e será encaminhado para uma penitenciária da região.
