Agentes da Polícia Civil estão investigando a chacina ocorrida na noite desta sexta-feira (7), dentro de um bar no bairro Municipal, na região de Bento Gonçalves. Tudo ocorreu na rua Lajeadense por volta das 22h15, quando homens fortemente armados teriam entrado no estabelecimento e efetuado diversos disparos contra alguns frequentadores que estavam em uma mesa de sinuca do bar.

Na ação, quatro homens foram mortos no local. Uma outra vítima foi socorrida e encaminhada para um hospital da região, mas, devido à gravidade dos ferimentos, acabou morrendo na unidade de saúde.

Após a chegada da polícia, o local foi completamente isolado para que profissionais do Instituto Geral de Perícia pudessem realizar as primeiras investigações.

Todas as vítimas da chacina foram identificadas pela Polícia Civil na madrugada deste sábado (08), são eles: os irmãos Matheus da Silva Ribeiro, de 22 anos, e Robert da Silva Ribeiro, de 21 anos. De acordo com a polícia, Matheus não possui nenhum registro criminal contra ele, mas Robert que estava sob liberdade provisória e possuía diversos antecedentes criminais como: porte ilegal de arma de fogo, e estava respondendo pelo crime de roubo a um estabelecimento comercial e também por ter praticado três homicídios.

Roger da Silva Cabral, de 18 anos, que também foi morto na hora do crime não possuía nenhum antecedente criminal.

Roger era primo de Matheus e Robert.

A quarta vítima fatal, Lucas Joel Ferrão, de 30 anos, também possuía antecedentes criminais por resistência, furto de automóvel, arrombamento, invasão a residência, e furto.

A quinto homem a ser assassinado foi Cristian Soares Teixeira, de 28 anos. Conforme as autoridades, Cristian possuía diversos antecedentes criminais contra ele e estava em liberdade provisória.

Cristian foi acusado de roubo a pedestres, receptação e também posse ilegal de entorpecentes.

Ainda na madrugada deste sábado, os policiais conseguiram prender um homem armado na mesma rua em que o ataque ocorreu, mas os agentes acreditam que ele não tenha nenhuma relação com as mortes.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Álvaro Becker, a principal linha de investigação dos agentes é que o crime teria ocorrido por conta de desavenças entre facções criminosas que atuam na região.

Pessoas têm medo de comentar o assunto

"Na manhã deste sábado, ouvi várias pessoas. Mas o grande problema é que nestes locais onde são dominados pela violência existe uma certa lei do silêncio. Entre as pessoas existe um medo muito grande de comentar sobre os assuntos, pois acham que podem ser mortas por relatar alguma coisa", comentou o delegado. Becker ainda disse que a polícia dará continuidade na procura por mais testemunhas que possam fornecer mais pistas sobre os criminosos. Câmeras de segurança na região também serão analisadas para tentar conseguir imagens da cena do crime, e com isso, tentar identificar os atiradores.