Tudo começou como um assalto. Segundo a Polícia Militar, o suspeito Jhon Lennon Silva Barbosa, munido de uma arma de brinquedo, roubava os passageiros do ônibus que trafegava pela Ponte Rio-Niterói, sentido Rio de Janeiro, quando o veículo foi parado pela policiais rodoviários federais (a ponte faz parte da BR 101, de responsabilidade da PRF).

O assaltante se recusou a descer do ônibus e manteve os passageiros reféns por quase uma hora. Além dos agentes da PRF, policiais militares ajudaram na negociação, em momentos de tensão para os 30 passageiros que estavam no veículo.

O acesso à ponte foi interditado.

Liberação a conta gotas

O suspeito chegou a usar uma mulher como escudo humano durante as negociações. Segundo a polícia, ele ficou deitado no fundo do ônibus, com a refém na frente, para garantir a sua "integridade física".

Os passageiros foram liberados aos poucos, um trabalho que, segundo a polícia, foi de bastante "paciência". Primeiro, saíram os pacientes mais nervosos; depois as mulheres e crianças e por último os demais passageiros, com o suspeito sendo preso logo em seguida.

Reincidente

Jhon Lennon Silva Barbosa estava em liberdade condicional desde maio de 2015. Ele havia sido preso em 2011, após assaltarum ônibus no bairro Marambaia, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

Preso em flagrante, ele deve voltar para a prisão para aguardar novo julgamento.

Assaltos recorrentes

Os ônibus que ligam cidades vizinhas ao Rio de Janeiro pela ponte Rio-Niterói são frequentemente alvos de criminosos.

Preocupados, os representantes do Sindicato das Empresas de Transportes do Estado do Rio de Janeiro (Setrerj) se comprometeram a ajudar a polícia a combater o problema, principalmente com o fornecimento de imagens das câmeras de segurança dos veículos.

Epidemia de violência

O Rio de Janeiro vive um período em que assaltos e crimes violentos se tornaram parte da rotina dos moradores. A recente pacificação de algumas favelas levou, segundo especialistas em segurança, muitos bandidos a migrar para áreas menos policiadas, como a cidade de São Gonçalo, na região metropolitana.

Muitos cidadãos sentem falta da presença do exército, que reforçou a segurança nas ruas do Rio de Janeiro, durante os jogos olímpicos e também no carnaval deste ano.