A Pirelli de Santo André anunciou nesta quarta-feira (13) a demissão de 120 funcionários, de acordo com a empresa, para adequar-se à demanda do mercado automotivo que anda desaquecido nos últimos meses.

O total representa 7% do quadro geral de colaboradores daquela fábrica. Para o sindicato da categoria, a crise no setor também se reflete entre os fornecedores e empresas terceirizadas.Conforme dados daAssociação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o setor registrou uma queda de 23% nas vendas do último ano.

A adoção do chamado "lay-off", que permite a suspensão do contrato de trabalho por um tempo determinado, não foi capaz de auxiliar a Pirelli a manter os empregos.

Cerca de 3 depósitos da fábrica estão lotados de produtos aguardando distribuição e comercialização.Atualmente, os funcionários da unidade de Santo André trabalham em uma jornada de 6 dias com 1 de folga.

Os demitidos receberão, além de todos os direitos trabalhistas, mais 1 salário extra no momento da rescisão, e 6 meses de vale alimentação e assistência médica.

Sindicato e Pirelli também pretende negociar o acordo coletivo que vence no meio do ano. Trabalhadores aceitam discutir a questão desde que a empresa se comprometa a não realizarnovas demissões nos próximos 2 anos.

São Bernardo do Campo

Em sua fábrica, na cidade de São Bernardo do Campo, na Grande SP, aVolkswagen anunciou que uma nova leva de funcionários foi colocadaem processo de "lay-off", suspendendo temporariamente o contrato de trabalho de 1.200 empregados.

A empresa está em constante conversa com o Sindicato dos Metalúrgicos, pois o Programa de Proteção ao Emprego (PPE) não atende às expectativas da montadora alemã.

Desde 2015, os funcionários da Volks sofrem com a redução na jornada de trabalho, e consequentemente de salário, após o anúncio do PPE, programa que não permite demissões, mas autoriza propostas como "lay-off" e férias coletivas na tentativa de manter empregos sem maiores prejuízos para as empresas contratantes.