Um vídeo com declarações da mãe acusada de cometer crime de tortura contra a própria filha foi divulgado e demonstra sinais de frieza da jovem ao tocar no assunto.

Bárbara Santos Oliveira, de 18 anos, e seu marido, Igor do Amaral Dias, de 20 anos, foram presos acusados de serem os agressores da criança.

O jovem casal foi detido quando os dois foram até uma unidade de saúde, em Santo André, no ABC Paulista, procurar atendimento para a criança. Na unidade os médicos observaram sinais claros de maus tratos e acionaram a policia militar.

Já na delegacia, a mãe da criança, Bárbara, teria admitido que não tinha paciência com a bebê e que realmente a agredira.

Ao ser questionada sobre o afundamento no nariz da criança, a mãe relatou, em vídeo gravado na delegacia, que ela teve duas quedas. Mas admitiu que bateu nela, reproduzindo inclusive os gestos das agressões.

Admirados com o que ouviam, os policiais questionaram o porquê da atitude cruel. Bárbara disse que teve uma rejeição muito forte quando a criança nasceu. Ela também admitiu ainda que o marido, Igor, também bateu na filha.

O policial perguntou se ele também tem depressão. A mãe respondeu no vídeo que ele já teve, após perder o pai. Igor foi preso em flagrante ao lado de Bárbara.

A lactante apresentava diversas lesões pelo corpo quando foi avaliada pelos médicos. Além do nariz, os pés e braços estavam quebrados.

Também havia queimaduras de cigarro, escoriações e feridas no crânio. A sola dos pés também continham feridas e exames constatarão se a menina era alvo de abuso sexual.

Exames de Raio-X teriam demonstrado aos profissionais de saúde lesões ósseas mais antigas, o que sinaliza que as supostas agressões vinha ocorrendo há mais tempo.

Os dois foram indiciados por crime de tortura. Já o bebê permanece hospitalizado, sob os cuidados de terapia intensiva no hospital regional. Seu estado de saúde é estável.

O local onde a criança vivia passou por perícia do Instituto de Criminalística e a menor foi submetida a exames no e pelo IML.

Testemunhas e vizinhos relataram que o casal não permitia que ninguém fosse na residência deles e confirmaram que havia, sim, agressões contra a incapaz.

A promotoria da Infância e Juventude deverá decidir com quem ficará a guarda da menor após ela receber alta hospitalar.