Você conhece a frase que diz que "você é uma média das cinco pessoas com quem você mais gasta tempo"? A frase foi dita por Jim Rohn, palestrante motivacional, e significa que o ambiente em que vivemos nos influencia, e isso inclui as pessoas que estão constantemente ao nosso redor. 

Se essas suas "cinco pessoas" fazem bem a você, ótimo. Mas o que fazer quando uma ou mais delas não lhe fazem bem? Segundo Harry Reis, professor de psicologia da Universidade de Rochester, esses tipos de relações podem ser prejudiciais à saúde. Elas podem provocar angústia emocional e física.

Para ajudar nessa tarefa de manter apenas pessoas boas ao seu redor, separamos abaixo quatro tipos de relações que não fazem bem e devem ser mantidas longe, que afetam nosso bem-estar psicológico e algumas dicas sobre como lidar com cada um delas. 

Quem não gosta de você como você é

Parece óbvio, não é? Mas, na prática, isso se mostra mais complicado. O mundo tem mais de 7 bilhões de pessoas, cada uma bem diferente da outra e com suas características próprias. E, claro, é bem improvável que a gente se dê bem com todas elas. Na verdade, não se dar bem com todos pode até nos ajudar a focar no que é importante de verdade na vida.

Segundo a psicóloga Marcia Reynolds, em matéria para a revista Psychology Today, todos nós devemos tentar aceitar ao máximo o outro como ele é, sem tentar mudar suas opiniões e personalidade.

E, ao tentar lidar com aquelas pessoas que só veem seus defeitos, o caminho certo é você mesmo focar sempre em seus pontos positivos. E toda forma é valida; vale até registrar em um diário os seus valores e como eles são vivenciados no dia a dia para afastar a carga negativa dessas pessoas.

Quem você teve algum desentendimento 

Terminar uma amizade pode ser tão traumatizante e devastador quanto terminar um relacionamento amoroso.

Nesses casos, aquela pessoa que sempre foi tão próxima passa a ser um estranho desconhecido. Mas cuidado ao se esforçar além da conta para reparar algo perdido.

A triste verdade é que nem todas as amizades foram feitas para durar para sempre, e tentar repará-las muitas vezes significa abrir mão de seu bem-estar emocional.

Procure ter momentos bons com outras pessoas. Não precisa esquecer os bons momentos com a amizade antiga. Algumas vezes, as lembranças são a única coisa que devemos manter por perto, e não a pessoa em si.

Quem vive estressado

Tudo bem compartilhar as raivas e estresses com alguém. Mas manter alguém com quem se discute constantemente assuntos estressantes pode ser bem prejudicial. Algumas pesquisas afirmam, inclusive, que o estresse é contagioso. Por isso, ao viver com alguém que está frequentemente estressado, você pode acabar da mesma forma.

Amigos devem aconselhar e ajudar a passar por problemas, não criar mais um. Segundo a escritora Heidi Hanna, a chave para não sentir tantos os efeitos do estresse passado por outra pessoa é proteger a sua energia.

Como? Sempre focando e enfatizando o lado positivo e, sempre que possível, mudando de assunto.

Quem usa você

E, claro, devemos manter distância de pessoas que apenas nos usam para interesses próprios e sem a nossa permissão. Uma coisa é oferecer ajuda e receber ajuda em troca. Mas se essas ajudas e favores são excessivos e unilaterais, pode haver um problema na relação. 

Para lidar com isso, o ideal é conversar com a pessoa, sem julgamentos e demandas, apenas apontando o problema, além de tentar encontrar uma maneira de melhorar a situação sem criar expectativas irreais sobre o outro.