Tive o prazer de ler uma matéria que fez-merefletir e querer contribuir com meus devaneios a quem tiver o interesse noassunto “respeito”. Apesar de ser uma matéria da área médica, envolvendosituações entre medicina e pacientes a compreendi como uma grande lição derespeito à vida e às pessoas. Trata-se do respeito à decisão de viver poucotempo e com qualidade de vida, esperando o curso natural das coisas, mesmoestando ciente de uma doença ouprolongar a vida com tratamentos e intervenções médicas que mantém o pacientevivo, porém não vivendo bem por conta dos sintomas.
Trata-se também da forma comque os pacientes estão sendo tratados levando-se em conta os sintomas da médiada população, porém como em qualquer área, seja medicina, engenharia, entreoutras, o sintoma dever ser tratado como único e uma frase que foi dita pelo paido entrevistado fez toda a diferença “Meu pai dizia que o homem de cultura éaquele que valoriza a dúvida”. Todos nós queremos a receita de tudo, seja na vidapessoal e profissional, filhos, parentes, casamento que deveria ser perfeito, porém não é assim que percebemos que as coisas funcionam e nos resta a pergunta: Não funcionam por quê? Falemos do ÓBVIO!
Será que falta respeito? Ao paciente que está cansado da vida e quer decidir suahora de ir ?
Ao filho que quer usar um tênis furado em vez daquele de marca queo pai comprou? Ao filho que não quer cursar a faculdade dos sonhos “dos pais”? Aomarido ou esposa que chega esgotado do trabalho e ainda tem que encarar umafesta, seja familiar ou outra ? Respeito ao sucesso do outro ? Aos pais, compreendendo que eles também são seres humanos e precisam de um tempo pararelaxarem e viverem com tranquilidade ?
Aos professores e pais, que nem sempretêm respostas para tudo ? Às preferencias ou afinidades de amigos, que muitasvezes não o convidam seja para o que for desde festa a velórios? Respeito àspreferências espirituais, sexuais e partidárias dos outros? Pensando em tudoisso, será que quando não respeitamos as opções dos outros, estamos na realidadesendo egoístas ?
Será que esse dito “falta de respeito” nada mais é que nossoegoísmo querendo impor ao outro o que nos faz feliz , sem pensar “no que faz ooutro feliz “? Novamente e avaliando os questionamentos reflito que talvez sim,será que ao não respeitarmos o próximo em suas decisões, estamos pensando neleou na gente? Voltando ao óbvio, estamos com comportamentos mecânicos a tal ponto de não percebermos o óbvio?
Simplesmente a necessidade básica epreferencial do ser humano “é ser feliz” além de outras coisas e, quandofaltamos com respeito ao outro vamos criando amarrações que são as dores dooutro e essa energia vai se acumulando de acordo com a quantidade deocorrências e isso causa infelicidade dupla, tripla ou em grupo, sendo primordial nos questionarmos sobre nossas escolhaspara buscarmos qual delas nos traz o equilíbrio e felicidade e com uma frasemagnifica finalizo:
“Não faças da tua vida um rascunho. Poderás não ter tempo depassá- la a limpo” Mário Quintana.