Ontem o mundo assistiuaterrorizado o ataque covarde à redação do Charlie Hebdo, revista francesa, cujaspublicações semanais satirizavam o islamismo totalitário utilizando a figura deMaomé em suas charges.
Quarta-feira dia 7 de Janeiro de2015 ficará marcada como uma data de ataques covardes, como o que aconteceu asTorres Gêmeas. A consequência desse dia trágico foi 12 mortos entre editores, cartunistasdo jornal, dois policiais e dez feridos. Entre os mortos estão alguns dos cartunistasmais conhecidos da revista, incluindo Jean Cabuta, Georges Wolinski, BernardVelhac, e o diretor da revista Stéphane Charbonnier.
A motivação do ataque foi vingaro profeta Maomé. O site do diário francês"Le Figaro" publicou trecho de um dos vídeos do ataque ao jornal emque se ouve claramente um dos terroristas dizendo "Vingamos o profetaMaomé, matamos Charlie Hebdo".
As publicações semanais, duranteanos, se tornaram um dispositivo da esquerda liberal, zombando de políticosconservadores, magnatas, líderes militares e figuras religiosas. Chocando eofendendo por muitas vezes o islamismo, com caricaturas do profeta Maomé nacapa, cuja semelhança visual é proibida de ser reproduzida em algunsformulários do Islã. Isto é algo que poucas publicações ousaram fazer,colocando a revista na vanguarda das tensões entre radicais islâmicos e o Ocidente.
Umaprovocação desnecessária aos mulçumanos, ultrapassado a barreira do bom sensouniversal, mesmo dentro dos limites legais da liberdade de expressão.
A revista já estava sob proteçãopolicial, desde um ataque com bomba em 2011. Ninguém foi ferido neste ataque.Nesta época, em entrevista ao jornal Le Monde, Charbonnier disse na sequênciaao ataque: “Prefiro morrer em pé do que viver de joelhos".
Charlie Hebdo foi fundada em1969, seu nome é uma homenagem a Charlie Brown e também ao político francêsCharles de Gaulle. Hebdo é uma versão abreviada da palavra francesa "hebdomadaire,"que significa "semanal" em português.