Durante a última semana diversos internautas demonstraram seu apoio a jornalista Maju por conta de ataques racistas que ela recebeu na página no Facebook do Jornal Nacional. Embora a reação do público em geral tenha sido bastante positiva ao assumir uma postura de combate à discriminação, é preciso lembrar que a internet tem sido um veículo para disseminação do ódio. O caso Maju é apenas um de muitos.

E março de 2015 o site Brasil Post denunciou que uma de suas blogueiras recebeu ameaças de morte por ter escrito um texto em que falava sobre como a internet poderia ser misógina.

Nas mensagens enviadas de forma anônima a profissional era chamada por nomes pejorativos que ligados ao fato dela se mulher, muitas delas falando de estupro e tortura.

Outra feminista que relatou esse ano ter recebido ameaças do tipo foi a professora Dolores Aronovich responsável pelo blog Escreva Lola, escreva. De acordo com uma entrevista que ela deu ao jorna Folha de São Paulo, pessoas ligavam para a blogueira com o objetivo de ameaçá-la de morte e estupro.

Esse tipo de comportamento costuma se repetir no mundo inteiro em relação à mulheres que se destacam falando sobre algum assunto na internet.

Na Rússia, a ativista de direitos LGBT Elena Klimova recebeu tantas ameaças de morte que decidiu se vingar de uma forma bem interessante.

A garota publicou fotos de seus agressores no Facebook mostrando-os em atividades cotidianas e até mesmo "fofas". É importante ressaltar que além do ódio na internet Elena Klimova tem que lidar com o que instituições internacionais chamam de "Homofobia de Estado" promovida pelo governo russo, que só legalizou a homossexualidade em 1993.

Para combater esse tipo de comportamento algumas iniciativas tem se destacado, como o movimento português Ódio Não, que tem como objetivo estimula as pessoas a não viralizarem mensagens homofóbicas, xenofóbicas ou que espalhem qualquer ideia de preconceito na rede.

No Brasil o Ministério Público lançou uma campanha para alertar as pessoas de que mensagens de ódio não estão inseridas no direito a liberdade expressão, sendo que muitas delas podem ser até consideradas crime, como no caso Maju.

Esses esforços ainda são muito tímidos em comparado ao mar de raiva que se tornou as redes sociais. Ainda veremos muito mais discursos de ódio e muitos outros casos Majus por aí antes de tudo ficar melhor.