Junta-se ao portfólio da Netflix de animações destinadas ao público adulto, a animação "Love, Death & Robots", que estreou nesta última sexta-feira (15), tem como autores Tim Miller e David Fincher.

A série de animação foi produzida como uma "antologia", ou seja, seus episódios não são obrigatoriamente complementares, em cada episódio é abordada uma história diferente.

Os autores

Nome pouco conhecido do grande público, Tim Miller trabalhava na indústria cinematográfica como especialista em efeitos visuais.

Seu nome começou a ganhar notoriedade mundial quando ele dirigiu o filme "Deadpool" (2016).

Ao contrário de Miller, o outro criador de Love, Death & Robots, David Fincher tem um currículo invejável como diretor, Fincher é o diretor de grandes sucessos de público e crítica na história do cinema recente.

Algumas de suas obras: "Seven" (1995), "O curioso caso de Benjamin Button" (2008), "A rede social" (2010), entre muitos outras produções de sucesso.

David Fincher também é conhecido por seu trabalho na própria Netflix, são dele as séries "House of Cards" (2013) e "Mindhunter" (2017).

Ao primeiro contato com a série pode-se ter a impressão de que ela navegue nas mesmas águas turvas de outra série de sucesso da Netflix, "Black Mirror".

Apesar de também usar o formato de antologia, Black Mirror é monotemática (seu objeto de observação é a investigação dos efeitos da interação entre as pessoas e a tecnologia).

A série de Miller e Fincher vai além deste tema, também aborda assuntos como: racismo, livre arbítrio, guerras, política e investigação da natureza humana.

As tramas são ambientadas no passado, presente e futuro, em que são vistos robôs, alienígenas, ciborgue, monstros, etc.

A produção usa gêneros como ficção científica, fantasia, comédia para contar suas histórias.

São 18 episódios curtos, com duração entre 6 e 17 minutos.

Um dos pontos positivos da série é que o gosto de "quero mais" que talvez muitos espectadores da série possam sentir, se dá mais pela brevidade de seus episódios do que pela incapacidade de um tema ter sido mal explorado em algum episódio.

Além de ter narrativas bem contadas, outro aspecto impossível de ser notado na série são as técnicas de animação usadas, que fazem com que a produção tenha um visual deslumbrante.

Um exemplo disto pode ser visto no terceiro episódio da série, chamado "A Testemunha". Também neste episódio pode ser visto cenas de nudez, relações sexuais também são vistas na série, mas não de forma gratuita, e sim como mais um elemento para contar uma história.