A Netflix liberou na última sexta-feira (13) a mais recente obra do diretor Michael Bay, ‘Esquadrão 6’(6 Underground). Bay cercou-se de nomes de peso para desenvolver seu longa-metragem. o filme é estrelado pelo astro Ryan Reynolds, que ganhou notoriedade mundial com os filmes da franquia ‘Deadpool’, e o roteiro foi feito por: Paul Wernick, Rhett Reese, roteiristas de ‘Deadpool’.

Do que se trata

O filme conta a história de um bilionário do mundo da tecnologia que decide encenar sua própria morte e a partir de então se tornar um ‘fantasma’. Ele procura outras pessoas e as convence a fazerem a mesma coisa para que juntos, eles formem um esquadrão de mercenários habilidosos que irá derrubar grandes tiranos pelo mundo.

Os membros da equipe não sabem absolutamente nada sobre cada um de seus parceiros, nem mesmo seus nomes, eles somente usam números para se identificarem.

"Esquadrão 6" é o resultado de quando se dá total liberdade a Michael Bay, (ele também é o produtor do longa), ou seja, no filme ele está mais Michael Bay do que nunca. O longa protagonizado por Ryan Reynolds traz os elementos que são caros ao diretor e que já foram vistos em várias de suas obras, estão lá as cenas de ação ininterrupta, seus planos abertos em câmera lenta para valorizar momentos mais solenes, etc.

O diretor conhecido por sua participação na franquia ‘Transformers’ coloca agora novos elementos em seu novo trabalho, se na já citada franquia dos robôs alienígenas ele tinha que pegar leve na violência, em "Esquadrão 6" isso não acontece, pois, o filme tem classificação etária de 18 anos.

Bay mistura sua habilidade para dirigir intrincadas cenas de ação, com efeitos visuais de primeira linha, que ficaram a cargo da renomada empresa de efeitos visuais ‘Industrial Light and Magic’. O filme mostra mortes extremamente violentas e com muito gore, o que deve agradar em cheio aos fãs desse tipo de produção.

Estrutura narrativa

Para quem gosta do estilo explosivo do cineasta este filme é uma boa pedida, ou seja, "Esquadrão 6" não passa de mais do mesmo na obra do diretor, que usou poucos novos elementos técnicos para reforçar seu já conhecido estilo, então, provavelmente o longa irá agradar àqueles que esperam somente tiros, explosões e lutas.

Mas para quem deseja um pouco mais de conteúdo, o filme provavelmente irá decepcionar; o mote de um grupo que é formado por integrantes com habilidades específicas que se unem para cumprir uma missão já foi abordado em diversos gêneros dentro do Cinema, desde as franquias "Onze homens e um segredo" até "Os Mercenários".

O problema é que em "Esquadrão 6" isso se torna totalmente sem sentido, pois logo no início o filme apresenta a especialidade de cada um dos integrantes, mas em determinado ponto da trama, um personagem mostra ter as mesmas habilidades de um outro integrante, o que torna sem sentido o filme apresentar cada um como sendo especialista em determinada função.

Obviamente que "Esquadrão 6", quer dar destaque para o astro Ryan Reynolds, mas o roteiro é tão fraco, que fica até difícil exigir muito dos atores.

Reynolds atua de forma quase automática, assim como todo o elenco, então no final das contas ninguém acaba se destacando no filme.

As motivações de cada um dos membros do time são incrivelmente mal exploradas. O filme até tenta em alguns momentos mostrar alguns conflitos internos dentro da equipe e mais uma vez é visto um mau aproveitamento de algo que poderia dar mais profundidade à trama.

O site G1 entrevistou o elenco do novo filme de Michael Bay, em determinado ponto da entrevista os atores deixaram claro que há a possibilidade de que o filme se torne uma franquia, para muitas pessoas isto pode parecer mais como uma ameaça do que uma promessa de que bons filmes virão deste universo.