Em meio à pandemia do novo coronavírus, o atual presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), está sendo alvo da imprensa nacional e internacional, tendo em vista que ele declarou que o país deveria retomar parte das atividades profissionais em meio à proliferação do vírus, já que a economia poderia sofrer fortemente com a paralisação.

Recentemente, o Corriere della Sera, jornal de maior circulação da Itália, fez um levantamento a respeito das atitudes do chefe do Executivo a respeito do coronavírus. Em uma escala de 0 a 10, o jornal italiano deu nota 2 para o governo.

o diário milanês também fez uma manchete a respeito da forma de governar do atual presidente, onde bolsonaro é definido como ''negacionista''. Eles atrelaram a forma de governar do brasileiro com referência no republicado Donald Trump e afirma que o chefe do Executivo brasileiro está ''quase isolado no mundo''.

O diário milanês também fez uma menção ao atual ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta. "Por enquanto, Mandetta continua, até porque as pesquisas lhe atribuem o dobro da aprovação do presidente'', diz o jornal.

Nova forma de governar

O atual chefe do Executivo está indo contra a maioria dos presidentes mundiais em relação a medida de isolamento social. Enquanto chefes do Executivo mundiais apresentam ideias sobre o isolamento, o presidente brasileiro entende que isso não é fundamental no Brasil.

Para Bolsonaro, a quarentena poderá ser um fator prejudicial para os cofres públicos.

O presidente já contou através de coletivas de imprensa que as atividades profissionais não poderão ser suspensas totalmente no país. Bolsonaro entende que pessoas que não estiverem no grupo de risco poderão exercer normalmente os trabalhos, tendo em vista que as consequências do vírus não iriam passa de um simples ''resfriadinho'' ou ''gripezinha''.

Apesar de ser uma medida arriscada, muitos apoiadores do atual governo defendem a ideia de Bolsonaro. Em contrapartida, pelas redes sociais, algumas pessoas entendem que se parte das atividades profissionais fossem retomadas, o vírus iria avançar ainda mais no território brasileiro.

Bolsonaro e Mandetta

A respeito do retorno das atividades profissionais, Bolsonaro acabou se desentendendo com o ministro da saúde.

De acordo com informações, Mandetta defende que as medidas de isolamento social sejam mantidas até que o vírus possa ser controlado, já o atual presidente entende que é necessário a retomada.

Por essa divergência de ideias, Bolsonaro cogitou a possibilidade de demitir Mandetta do cargo de ministro, mas desistiu após se reunir com alguns membros do seu atual governo.