O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em entrevista à rádio Jovem Pan, no programa do jornalista Augusto Nunes, declarou que irá pedir um dia de jejum para toda a população brasileira, para que assim, o Brasil possa se ver livre do coronavírus o mais rápido possível.

Ainda na entrevista, Bolsonaro atacou o seu próprio ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Bolsonaro não aceita que Mandetta não compartilhe de sua visão de que é preciso combater o novo coronavírus e também proteger a economia.

Jair Bolsonaro afirmou que ele e Mandetta não estão se “bicando” já há algum tempo e que não irá demitir o ministro em meio a crise que o Brasil atravessa, mas que o ministro sabe que passou dos limites, disse Bolsonaro, para logo em seguida moderar o tom e dizer que não se trata de ameaça.

O Brasil tem 299 mortes causadas pelo novo coronavírus, informou o Ministério da Saúde nesta quinta-feira (2). Neste dia foram confirmados 58 novos casos fatais provocados pela Covid-19, este foi o maior aumento em um dia desde o início da pandemia.

Jair Bolsonaro também afirmou na entrevista que ainda não tem apoio suficiente da população para determinar que a atividade comercial seja reaberta em todo o país. O presidente ainda disse que espera que o povo peça mais, porque sua base de apoio é de apenas alguns parlamentares, e afirmou que o povo está do seu lado.

Histeria

Durante a entrevista, novamente Bolsonaro volta a falar que existe uma histeria sobre a doença no país, que pessoas que estão fora do grupo de risco não estão morrendo e que 90% das mortes são de pessoas acima dos 60 anos de idade ou que sofrem de doenças graves.

Perguntado se havia realmente chorado em um encontro com ministros quando falava sobre seu isolamento político, ele afirmou que chora, mas não por causa do novo coronavírus.

Sensacionalismo

Foi mostrado a Bolsonaro reportagens da imprensa estrangeira que mostrava um cemitério na cidade de São Paulo que estava sendo preparado para receber mortos pela Covid-19, Bolsonaro então acusou o prefeito Bruno Covas de buscar sensacionalismo com a situação.

Por fim, Bolsonaro declarou que o auxílio no valor de R$ 600 mensais que serão pagos a trabalhadores informais será pago a partir da semana que vem. Ele atribui a demora na liberação do auxílio aos pontos que foram acrescentados pelos parlamentares que não poderia ter sua aprovação.