Romildo Bolzan Jr. assumiu como presidente do Grêmio no início de 2015, durante um momento turbulento do clube. Dívidas, insucessos dentro de campo e diversos problemas fizeram o Grêmio olhar para o futuro sob a gestão Bolzan. A busca era por zerar as dívidas, fortalecer as categorias de base e realizar a compra da Arena.

Tudo dependeria de um trabalho de longo prazo, com paciência e a certeza de estar no caminho certo. O primeiro ano foi complicado, com resultados controversos no primeiro semestre, mas o alento no segundo com a chegada de Roger Machado, um novo estilo de jogo e o início dos frutos das categorias de base.

Com isso, o Grêmio começou seu processo de reconstrução a partir das categorias de base. Os pilares desta formação estava em investir na estrutura dos meninos, alçá-los ao time profissional aos poucos e garantir resultados dentro de campo e aos cofres do clube.

Luan e Éverton, embora tenha se consolidado na gestão Bolzan, estrearam em 2014, quando Fábio Koff ainda estava presidindo o clube. No entanto, foram essenciais para construir o caminho para as promessas que viriam logo depois para brilhar com a camisa Tricolor.

Grêmio monta time apenas com jogadores da base

A política de investimento na base rendeu frutos. O primeiro grande nome foi o de Pedro Rocha, que não só garantiu o título da Copa do Brasil de 2016, como também tirou o clube da fila dos 15 anos sem títulos importantes e ainda rendeu boas cifras aos cofres do Grêmio.

Era a primeira grande venda de um jogador formado durante a gestão Bolzan.

Contudo, o grande nome foi o de Arthur, que se consolidou como o dono do meio-campo do Grêmio campeão da América em 2017. O jogador chamou rapidamente a atenção do Barcelona, que fez uma oferta e levou a promessa diretamente para a Catalunha por cerca de 30 milhões de euros, mais bonificações que seriam pagos ao atingir metas.

Com as saídas de Pedro Rocha e Arthur, o Grêmio decidiu promover um conceito de reposição da base. Ou seja, assim que um jogador deixasse o clube, um atleta da base já estaria pronto e a postos para substituir o atual titular. Foi assim, por exemplo, com a troca envolvendo Everton por Pepê e, logo depois, Ferreira por Pepê.

Sucessivamente, o Grêmio aplica esse sistema, garantindo a manutenção da equipe sem perder a qualidade da sua equipe titular.

O provável Grêmio da gestão Bolzan

Com o investimento e o trabalho de longo prazo, o Grêmio se reinventou no cenário nacional. Formando, consolidando, vendendo e formando. É um ciclo que envolve um trabalho, cujo objetivo é gerar receita ao clube e resultados paralelos dentro de campo.

Por conta desse investimento, é possível, inclusive, formar um time com onze atletas formados na base ao longo da gestão Bolzan e que são garantias de vendas futuras e títulos para o clube.

Provável Grêmio da gestão Bolzan: Brenno; Vanderson, Rodrigues, Ruan, Guilherme Guedes; Arthur, Matheus Henrique (Diego Rosa), Jean Pyerre (Pedro Lucas); Pepê, Ferreira (Tetê) e Pedro Rocha. Técnico: Renato Portaluppi.