O Supremo Tribunal Federal (STF) teve que vir a público desmentir a informação de que a mais alta Corte do país teria a intenção de assassinar o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). O Supremo, na noite da última segunda-feira (19), divulgou uma nota. “O STF reitera o alerta para a importância da checagem de informações suspeitas, como forma de evitar a propagação de Fake News”, diz o comunicado.

Entenda o caso

A manifestação do STF se deu por causa de uma fake news disseminada pela jornalista e youtuber Leda Nagle, que, em uma live no último fim de semana, divulgou a falsa informação de que o Supremo teria um plano para assassinar o ocupante do Palácio da Alvorada.

O vídeo rapidamente se espalhou nas redes sociais. Nele, a jornalista leu um tuíte que foi atribuído ao novo diretor-geral da Polícia Federal (PF), Paulo Gustavo Maiurino. Ele assumiu o comando da Polícia Federal no início de abril.

Lula

No vídeo, Leda lê um tuíte que seria do delegado em que é dada a informação de que integrantes do Supremo e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estariam tramando contra a vida do presidente Jair Bolsonaro. A conta atribuída a Paulo Gustavo Maiurino, entretanto, é falsa.

Também na segunda-feira a jornalista Leda Nagle pediu desculpas por ter disseminado a fake news e alegou que não teve tempo de checar a veracidade da informação. E foi nesse caminho que a nota do STF seguiu, ao ressaltar a importância de checar as informações antes de repassá-las.

Tino Marcos detona Leda

O conhecido ex-repórter esportivo da Rede Globo Tino Marcos, que deixou a emissora da família Marinho no mês de fevereiro, criticou duramente a colega de profissão Leda Nagle pela fake news que envolvia o STF, Lula e Bolsonaro.

O jornalista se pronunciou sobre o caso. “Que tristeza, Leda. Que pena terminar desse jeito.

Tem ideia do que pode mover uma fake news como essa?”, questionou o jornalista em publicação em seu Twiter. Ele ainda afirmou que lembra da jornalista furando uma greve nacional no ano de 1986. Na ocasião, ela teria quase sido apedrejada ao entrar na Rede Globo para apresentar o "Jornal Hoje", porém, ele nunca iria imaginar que ela chegaria ao ponto em que chegou atualmente.

Leda e Tino trabalharam juntos no período de dois anos na emissora do Rio de Janeiro. "Eles não irão conseguir por um motivo bem forte, mais da metade das cadeiras dos urubus de capa preta receberam propina e antes que caia meu perfil novamente vou dizer para vocês, a ideia de matar Bolsonaro”, relatou a jornalista em sua fake news propagada.

Depois de toda a repercussão negativa nas redes sociais, a jornalista admitiu que divulgou a informação para um grupo privado, mas alegou que iria fazer a checagem da notícia e iria fazer uma nova transmissão para comentar o assunto. Segundo ela, algum integrante do grupo de má-fé separou um trecho de 2 minutos de uma live de 47 minutos totais, divulgou a informação e o vídeo viralizou antes que ela pudesse ter feito a checagem dos fatos.